Igreja Positivista é tombada pelo Iphan

A Igreja Positivista, monumento situado na Rua Benjamim Constant, no Bairro da Glória, no Rio de Janeiro, está agora sob proteção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido no Rio de Janeiro, dias 9 e 10, no Palácio Gustavo Capanema, à Rua da Imprensa, nº 16, no Centro da Cidade, aprovou a proposta.  O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, lembrou que, mesmo antes do tombamento, foi feito um acordo com o governo do Rio de Janeiro para a recuperação do imóvel sendo que o Iphan está contratando o projeto de restauração da Igreja Positivista.

A construção do monumento serviu como sede do apostolado positivista no Brasil e teve início em 1890, sendo concluída em 1897. As concepções arquitetônicas e ornamentais foram de Miguel Lemos e se consubstanciam em um manifesto da filosofia e da religião positivistas. A fachada imita o Panthéon de Soufflot em Paris, mas foram omitidos os capitéis das colunas. O interior do templo segue prescrições de Augusto Comte, com inúmeras referências ao ideário do catecismo positivista. No friso da fachada lê-se a máxima positivista: “O Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por fim”.

No seu auge, nos primeiros anos após a proclamação da República brasileira, os cultos positivistas costumavam lotar a igreja, que comporta mais de 200 pessoas. Os integrantes eram também homens influentes do novo regime. Conhecido como Templo da Humanidade, o monumento foi o primeiro edifício construído, no mundo, para difundir a doutrina criada pelo filósofo francês Augusto Comte. 

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural 
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.

Além da Igreja Positivista, foram aprovados nesta quinta-feira, 9 de dezembro, o tombamento do Centro Histórico das cidades de Natal, no Rio Grande do Norte e de Cáceres, no Mato Grosso. Os conselheiros aprovaram ainda a extensão de tombamento da Serra da Piedade, em Minas Gerais. Na pauta de sexta-feira, dia 10, estão a proposta de registro como Patrimônio Cultural da Festa de Sant’Ana do Caicó e a possibilidade de tombamento do Conjunto Histórico do Município de Paracatu, em Minas Gerais e do Centro Histórico de São Luiz do Paraitinga, em São Paulo. Integra a pauta da reunião do Conselho Consultivo a proposta de tombamento para o patrimônio naval do Brasil, protegendo o acervo do Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul – Santa Catarina, a Canoa de Tolda Luzitânia, de Sergipe, o Saveiro de Vela de Içar Sombra da Lua, da Bahia, a Canoa Costeira Dinamar, do Maranhão, e a Canoa de Pranchão Tradição, do Rio Grande do Sul.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Iphan 
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
(61) 2024-5449 / 2024-5459 
www.iphan.gov.br /  www.twitter.com/IphanGovBr

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