publicada em 17 de agosto de 2015, às 18h00

A gestão compartilhada e positiva do Patrimônio Cultural em Minas Gerais foi a tônica que marcou o encontro promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Minas Gerais (Iphan-MG) com gestores e agentes da sociedade civil envolvidos com a temática no estado. Para celebrar o Dia Nacional do Patrimônio Cultural, comemorado em 17 de agosto, o evento que contou com a presidente do Iphan, Jurema Machado, reuniu em Belo Horizonte, deputados federais mineiros, deputados estaduais da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, prefeitos e secretários de cultura e patrimônio das cidades históricas, servidores do Iphan e representantes de instituições parceiras.

A dimensão do Patrimônio Cultural em Minas Gerais foi o fio condutor para a apresentação das ações do Iphan no estado. Segundo Jurema Machado, os desafios para o Instituto são muitos, especialmente em função do desenvolvimento econômico e do crescimento das áreas urbanas. No entanto, a presidente ressalta que a presença no evento de deputados e prefeitos de vários partidos políticos comprova que a agenda do Patrimônio Cultural é mobilizadora e envolve as lideranças partidárias, independente de legendas. “É uma pauta aberta para a sociedade que promove o protagonismo dos municípios. Encontros como esse estabelecem as bases de um trabalho mais cooperativo e transparente, como deve ser a construção de políticas publicas, especialmente no campo da cultura”, disse.

Reforçando o compromisso de uma gestão articulada entre o Iphan e os diversos segmentos da sociedade mineira, a superintendente do Iphan-MG, Célia Corsino, apresentou um breve panorama dos trabalhos no estado, que concentra, por exemplo, o maior número de bens titulados como Patrimônio da Humanidade.

Só em Minas Gerais estão previstas 93 obras do PAC Cidades Históricas em oito municípios. Entretanto, a falta de empresas especializadas na elaboração dos projetos executivos ainda é um desafio que dificulta a execução das obras. Para o segundo semestre, o Iphan-MG está completando uma carteira de projetos com vistas a garantir condições para licitar os projetos contemplados pelo programa. Já em relação a licenciamentos, há cerca de 500 processos em andamento, considerando o patrimônio arqueológico, o patrimônio material, o imaterial e o ferroviário.

Ainda em comemoração à data, foi lançada a página do Iphan-MG  no Facebook, constituindo um canal de comunicação mais dinâmico e efetivo com a comunidade. Também estão previstos encontros com organizações, grupos e coletivos culturais do Estado, além de articulação para Encontro Estadual de Congados de Minas visando dar continuidade ao processo de registro e salvaguarda das Congadas de Minas Gerais como Patrimônio Cultural do Brasil. 

Dia do Patrimônio Cultural Brasileiro
O dia 17 de agosto celebra o nascimento de Rodrigo Melo Franco de Andrade, primeiro presidente do Iphan. Mineiro de Belo Horizonte, advogado, escritor e jornalista, Rodrigo Melo Franco integrou a primeira equipe do Ministério da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas e comandou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan, atual Iphan), da sua fundação em 1937 até 1967.

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