Aracati (CE) recebe exposição Bem do Brasil

publicada em 14 de março de 2014, às 14h36

 

Bem do Brasil: Patrimônio Histórico e Artístico é a exposição itinerante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que poderá ser visitada em Aracati (CE) do dia 14 de março até 30 de abril no Museu Jaguaribano, que fica no Sítio Histórico tombado pelo Iphan no município. 

A curadoria é de Lauro Cavalcanti, diretor do Centro Cultural Paço Imperial, design de Victor Burton e tem patrocínio do BNDES. A exposição retrata a diversidade do patrimônio cultural brasileiro em exemplares de todos os estados, representado em pinturas, gravuras e esculturas, além de filmes e fotografias.

O Museu Jaguaribano é considerado o sobrado mais relevante do Sítio Histórico, tem um rico acervo de arte-sacra e mobiliário dos séculos XVIII e XIX, em exposição permanente. O prédio que abriga o Museu foi restaurado pelo IPHAN em 2009 e receberá recursos do PAC Cidades Históricas para o redesenho de sua museografia.
Além dos painéis que compõem a Exposição Bem do Brasil em toda sua itinerância, em Aracati também serão expostos artefatos arqueológicos resgatados durante as obras de saneamento do Sítio Histórico, em 2009.

A exposição
No ano de 2010, a equipe do Paço Imperial, Centro Cultural do Iphan, no Rio de Janeiro, em colaboração com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan), passou a produzir a exposição Bem do Brasil. A ideia era levar o espectador a compartilhar, refletir e valorizar o patrimônio brasileiro em suas múltiplas expressões materiais e simbólicas, como significado histórico e, principalmente, para a vida cotidiana contemporânea.

A mostra reúne peças de todas as regiões do país e usa tecnologia de grafismo e imagem para mostrar a variedade da cultura e levar o público a entender como o Iphan integra preservação de bens de valor e desenvolvimento do país com uma visão dinâmica do patrimônio histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e de caráter afetivo para a população. A arquitetura é apresentada em fotos, e os saberes e fazeres do patrimônio imaterial são exibidos em um conjunto de filmes, cedidos pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular / Museu do Folclore.

Colaboraram com peças significativas, para ilustrar a variedade dos bens brasileiros, diversas Superintendências Regionais do Iphan, museus do IBRAM e alguns colecionadores particulares. A mostra conta ainda com desenhos, pinturas, gravuras e esculturas de importantes artistas como Taunay, Facchinetti, Djanira, Tarsila do Amaral, Volpi, Ivan Serpa, Amilcar de Castro, Aluisio Carvão, Franz Weissmann, Guignard, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Mestre Valentim, Arthur Bispo do Rosário, Goeldi, Samico, J.Borges, Portinari, entre outros. Há também peças de várias regiões do país, como violas de cocho de Mato Grosso; tambores da Crioula e azulejos históricos do Maranhão; oratórios mineiros e baianos; imagens de reis, santas e santos de igrejas de Pernambuco e do Museu de Arte Sacra de São Cristóvão (SE); esculturas das Missões Jesuítico-Guaranis no Rio Grande do Sul; ex-votos de romeiros do Ceará e Bahia; cajados de pais de santo da Bahia; cerâmicas indígenas do Espírito Santo; carrancas do Velho Chico; cabeça de Boi Tinga, do Pará; máscaras de Cavalhadas de Goiás, bonecos do Jequitinhonha; o jongo do Rio de Janeiro.

Dois vídeos foram gravados especialmente para a exposição: o primeiro com a edição reduzida de vídeos que integram os processos de registro de bens do Patrimônio Cultural Brasileiro sobre Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES), Círio de Nazaré (PA), Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA), Modo de fazer Violas de Cocho, Ofício das Baianas de Acarajé (BA), Jongo no Sudeste, Frevo (PE), Queijo artesanal de Minas (MG), Cachoeira de Iauretê  (AM), Capoeira. O segundo vídeo faz uma simulação mostrando como o bairro da Urca, na Zona Sul do Rio de Janeiro (entorno do Pão de Açúcar), estaria hoje sem a intervenção do Iphan que coibiu a construção de prédios altos no bairro, salvaguardando esse cartão postal da cidade do Rio de Janeiro.

Bem do Brasil foi o evento escolhido para reinaugurar o Palácio do Planalto, em Brasília, onde esteve em cartaz de setembro a novembro de 2010. No Centro Cultural Paço Imperial, a exposição ocupou todo o primeiro pavimento do prédio tombado, de dezembro de 2010 a fevereiro de 2011. A exposição itinerante foi idealizada – com painéis fotográficos dos registros de obras que participaram das exposições – para percorrer as superintendências do Iphan de todo o Brasil.

Serviço:
Exposição Bem do Brasil:
Patrimônio Histórico e Artístico
Data: de 14 de março até 30 de março de 2014
Horário: Terça a sábado, das 8h às 11h e das 14h às 17h
Local: Museu Jaguaribano
           Rua Cel. Alexanzito, 743, Centro - Aracati - CE

 

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