Igreja de Nossa Senhora da Penha de França (PB) será restaurada

Nave da Igreja de Nossa Senhora da Penha da França ainda em uso em dezembroConstruída em 1756 e um dos marcos da ocupação do litoral sul paraibano, a Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, pertencente ao povoado de Taquara, município de Pitimbu, Paraíba (PB), será restaurada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Nas obras de recuperação iniciadas em outubro de 2015, estão previstos a substituição de madeiramento, piso e reboco, renovação de assoalho de madeira do coro e do consistório, escadas de madeira, tratamento do madeiramento contra o ataque de xilófagos, limpeza e pintura de alvenarias e esquadrias.

A iniciativa faz parte do conjunto de ações que compõem o licenciamento ambiental e integram também as medidas acordadas com a Companhia de Cimentos da Paraíba e a Mineração Nacional S/A, destinadas a preservação e a valorização do patrimônio cultural. Do processo, já foram concluídos o programa de prospecção intensiva e salvamento arqueológico; pesquisa histórica e de campo acerca do processo de ocupação do povoado de Taquara; diagnóstico de bens de interesse cultural existentes nas áreas dos atuais povoados de Taquara e Camocim. 

Além destas ações, a iniciativa também realiza trabalhos de educação patrimonial da população local; atuação junto ao público da rede escolar do município; realização de oficinas de transmissão de conhecimentos tradicionais; levantamento arquitetônico, bem como a elaboração de projeto executivo e execução de obras de recuperação física das igrejas de Nossa Senhora da Penha de França e Nossa Senhora do Rosário. 

De Estilo Barroco, o espaço religioso apresenta técnica construtiva de alvenaria mista de tijolos maciços e pedra calcária, empregando também a técnica tradicional do canjicado. A cobertura apresenta estrutura de madeira em linha alta, caibros roliços e ripas de embiriba, recobertos por telha canal de fabrico artesanal. Juntamente com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, as Ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres e uma quarta igreja desaparecida, mas presente na indicação feita pelos moradores, formam um conjunto arquitetônico que estrutura a formação urbana do povoado, tombado pelo Iphan desde 2002. 


 
 
 

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