O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acompanha, diariamente, a apuração dos danos provocados pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco, em Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município de Mariana, cidade histórica mineira. A lama resultante do rejeito da produção de minério de ferro também chegou ao rio Doce, na região de Governador Valadares (MG), e em municípios do Espírito Santo. Até o momento, não há registro de danos diretos aos bens tombados pelo Iphan.

Desde o dia do incidente, em 05 de novembro, técnicos do Escritório Técnico do Iphan em Mariana estão em contato com autoridades envolvidas nos resgates das vítimas e na recuperação das áreas atingidas, priorizando ações que contribuam com a volta à normalidade e com a vitalidade do município. Até o momento, há indícios de danos em imóveis acautelados em nível municipal. Em casos onde o rejeito invadiu, mas não destruiu as edificações, será possível realizar as devidas restaurações. Todos estes bens e núcleos atingidos eram de grande importância para a identidade local e foram devidamente valorados pelo município.
 
Apesar de ainda não haver registros de dano direto ao patrimônio material acautelado pelo Governo Federal, o Iphan alerta que os danos causados ao patrimônio local são imensos, e será necessário que as autoridades locais atuem de modo a minimizar o impacto que as perdas de referenciais da memória das comunidades atingidas possa causar.