Museu de Congonhas (MG) anuncia agenda cultural

Um dos maiores programas de ação cultural do interior mineiro estará disponível ao público no Museu de Congonhas. Até o mês de dezembro, o espaço sediará shows, bate-papos, seminários, lançamentos de livros, oficinas, workshops e exposições, além de inaugurar sua Biblioteca. 

A Prefeitura de Congonhas e a Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT) disponibilizaram a agenda cultural do Museu. Ao longo do último ano, foram realizadas inúmeras parcerias com entidades, empresas, fundações, a UNESCO, o Governo Federal por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Governo do Estado de Minas Gerais, para concretizar um rico programa cultural. Serão cerca de 50 projetos, que buscam potencializar a integração entre a comunidade e o Museu.

Vários artistas locais participarão das atividades, assim como artesãos e produtores que foram envolvidos em ações contidas no projeto Ofícios da Fé. Trata-se de um programa desenvolvido pelo Museu que busca preservar e divulgar o patrimônio imaterial desta cidade histórica, simbolizado pelos antigos fazeres ligados à tentativa de representação do universo sagrado. A exposição Artechão, do artista Quim Cordeiro, durante a Semana Santa, é uma das atrações, assim como a mostra dos estandartes religiosos feitos pela população nas janelas históricas. 

Ao longo do ano, a música terá papel de destaque na programação. A agenda será inaugurada dia 16 de março, pelo projeto Caixa Acústica. Trata-se de uma iniciativa de valorização da música mineira de qualidade realizada há vários anos em Belo Horizonte. Nesta versão para o Museu serão apresentados 10 espetáculos mensais, sempre às quartas-feiras, de 16 de março a 14 de dezembro, às 20h, no teatro de arena deste centro cultural. 

Alguns dos principais grupos artísticos do município apresentarão novidades no Museu de Congonhas. O Dez Prás Oito prepara para agosto a peça inédita O Sítio, com dramaturgia e texto de José Félix Junqueira. Levará o público a vivenciar, de forma interativa, uma montagem lúdica e pedagógica resgatando histórias e lendas brasileiras.  

A outra peça prevista é o clássico A Panela, obra de domínio público de Plauto (180 a.c), com livre adaptação feita pelos integrantes do grupo Boca de Cena. Será encenada no anfiteatro ao ar livre do Museu. Os 10 atores em cena contarão a saga do pobre Euclião que, após encontrar uma panela cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela passando a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se percebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licônidas. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento na história capaz de prender o espectador do início ao fim.

Modernismo
Durante parte do século 19 e início do século 20, viajantes estrangeiros, assim como escritores e intelectuais brasileiros, registraram impressões de desapreço em relação ao Conjunto do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, identificando as obras de Aleijadinho como de gosto duvidoso. 

A percepção do Conjunto do Santuário como expressão legítima da cultura e da arte foi resultado de mudanças de sensibilidade, a partir dos anos 1910 e 1920, com o movimento Antropofágico, a partir da viagem de artistas modernistas pelas cidades históricas mineiras. 

O projeto Roteiro das Minas no Museu de Congonhas, com curadoria da pesquisadora carioca Beatriz Azevedo, propõe aprofundar essa reflexão com o suporte conceitual da Antropofagia, em atividades diversas, incluindo oficinas, workshops, lançamento de livro, debates, e apresentações artísticas no espaço do Museu.

Programa Educativo
Um dos principais programas do Museu de Congonhas é seu projeto de educação patrimonial voltado para as escolas e estudantes do município. Para dar protagonismo aos alunos foram pensadas atrações artísticas que terão como palco o Museu. O projeto Arte na Escola, uma atividade da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Congonhas, é um deles. Anualmente, atende milhares de crianças com ensino de música, artes plásticas e teatro. Os desdobramentos dos trabalhos poderão ser conhecidos pelo público em espetáculos ao longo do ano. 

Outro projeto que dará protagonismo aos jovens é o Garoto Cidadão, da Fundação CSN. Nos próximos meses será lançada uma revista em quadrinhos, a Gibitur Museus, que tem por finalidade contextualizar a história dos museus de Congonhas, por meio de desenhos a mão livre e textos lúdicos criados pelos alunos e orientados pelos professores do Projeto. A intenção é enaltecer a importância dos Museus e as suas localizações. 
O projeto se desdobrará ainda em um teatro educativo que tem por finalidade contextualizar o Gibitur norteando o expectador para a localização dos Museus bem como, o significado de cada um deles. O Projeto Garoto Cidadão também realizará apresentações culturais com destaque para os concertos da Orquestra Garoto Cidadão. 

Informações: 
Museu de Congonhas - Agenda 2016
Telefone: (31) 3731-3056 
www.museudecongonhas.org.br 

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