Tem início restauro na Igreja da Pampulha (MG) e policia identifica o pichador

Restauro dos azulejos pichados da Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte (MG)

A limpeza do painel de azulejos pintados por Cândido Portinari, localizado atrás da Igreja de São Francisco de Assis na Pampulha, em Belo Horizonte (MG), começou nesta quinta-feira, 24 de março. Após terem sido pichados na madrugada do dia 21 de março, os azulejos serão restaurados pela Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais. A duração prevista para a retirada da tinta da obra de arte é de cinco dias.

O autor das pichações já identificado, ouvido e indiciado pela Polícia Civil na tarde de quarta-feira, 23 de março. O homem de 25 anos mantinha uma página nas redes sociais, exibindo suas pichações em várias regiões de Belo Horizonte. Após receber a intimação, ele se apresentou à polícia e disse que o ato de vandalismo foi um protesto contra o rompimento da barregem da Samarco, em Mariana (MG). O homem afirmou, ainda, não saber que a Igreja de São Francisco era tombada pelo Iphan. 

De acordo com a polícia, o autor é responsável por outras seis pichações pela cidade, onde assina o codinome de Maru. Ele será indiciado por dano ao patrimônio público, com agravante por se tratar de uma obra de patrimônio cultural. O suspeito foi liberado após o depoimento.

Tombada pelo Iphan em 1947, a Igreja de São Francisco de Assis, junto à Casa de Baile, do Iate Tênis Clube, do Museu de Arte da Pampulha (antigo Cassino) e da Casa Kubitscheck, integra o Conjunto Moderno da Pampulha, candidato a Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Para avaliar os danos causados pela tinta de spray, foram realizados testes para eleger a técnica mais adequada e o método escolhido foi o de remoção mecânica associada a utilização de álcool etílico para a área de pastilhas. Além de retirar a pintura mais visível, os restauradores trabalham para identificar eventuais rachaduras nos azulejos, para fazer um diagnóstico mais preciso e o quanto a tinta penetrou na obra.

 

Compartilhar
Facebook Twitter Email Linkedin