Comissão de Revalidação analisa Arte Kusiwa como Patrimônio Cultural

Os índios Wajãpi, do Estado do Amapá, usam composições de padrões da Arte Kusiwa no corpo durante suas atividades diárias.Técnicos do Departamento do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPI/Iphan), bem como da Superintendência do Instituto no Amapá, estão reunidos em Brasília para avaliar a revalidação do título de patrimônio cultural brasileiro da Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi.

A Comissão Técnica Temporária analisa documentos e estudos produzidos ao longo do processo de salvaguarda desenvolvido desde o Registro do bem e produzirá análise técnica sobre a situação atual deste patrimônio. O procedimento atende ao Decreto nº 3.551 de 04 de agosto de 2000, e a Resolução nº1, de 18 de Julho de 2013 que, dentre outras ações, prevê que seja realizado pelo Iphan a avaliação para revalidação dos bens culturais registrados a cada dez anos.

O resultado será apresentado aos conselheiros da Câmara do Patrimônio Imaterial, instância vinculada ao Conselho Consultivo do Iphan, órgão responsável pela deliberação final. Caso a revalidação seja negada, será mantido apenas o registro, como referência cultural de seu tempo.

Sobre a Arte Kusiwa - Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi
Os povos indígenas Wajãpi que vivem no Amapá têm um sistema de representação próprio: a Arte . A Arte Kusiwa foi inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão em 2002 e em 2003 foi reconhecida pela UNESCO com o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

O sistema gráfico kusiwa converge expressões de conhecimentos e de práticas que envolvem e revelam diversas camadas da vida Wajãpi, como aspectos sociais, religiosos, estéticos e morais. Tal forma de expressão condensa, transmite renova e atualiza de forma demasiadamente sofisticada múltiplos elementos particulares e únicos da complexa cosmologia dos Wajãpi do Amapá.

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