Iphan lança Guia de Pesquisa e Documentação da Diversidade Linguística Brasileira
Estudiosos, profissionais e comunidades linguísticas podem contar agora com o Guia de Pesquisa e Documentação do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), publicação que integra as ações comemorativas dos 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A edição está estruturada em dois volumes. O primeiro, denominado Patrimônio Cultural e Diversidade Linguística, de caráter teórico e conceitual, é composto de seis capítulos, e traz uma apresentação geral da Política da Diversidade Linguística; o processo de inclusão de línguas no INDL, além das diferentes dimensões que constituem um inventário linguístico, seus conceitos estruturantes, orientações para organização dos arquivos audiovisuais, incluindo ainda abordagens utilizadas para documentação linguística, como técnicas de pesquisa e de tratamento de dados.
O Volume 2, Formulário e Roteiro de Pesquisa, apresenta as orientações para preenchimento do inventário, bem como um roteiro temático de pesquisa. Complementando os volumes temáticos, há também um Suplemento Metodológico contendo ferramentas utilizadas em pesquisas já realizadas, de modo que sirva de referência para consulta. As publicações estão disponíveis online no ambiente virtual sobre Diversidade Linguística no Portal do Iphan.
Segundo a área técnica do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, as publicações são voltadas tanto para pesquisadores quanto para as comunidades linguísticas, e objetiva ser mais um subsídio que incentive a produção de conhecimento e a promoção da diversidade linguística brasileira. Visa, sobretudo, orientar as comunidades sobre o processo de reconhecimento de suas línguas como Referência Cultural Brasileira, conforme instituído pelo Decreto nº7.387/2010.
O país já possui sete línguas incluídas no INDL. São seis indígenas e uma de imigração. A língua Asurini, que pertence ao tronco Tupi, da família linguística Tupi-Guarani, cujos falantes habitam a Terra Indígena Trocará, localizada às margens do rio Tocantins, em Tucuruí (PA); a língua Guarani Mbya, identificada como uma das três variedades modernas da língua Guarani, da família Tupi-Guarani, tronco linguístico Tupi; e as línguas Nahukuá, Matipu, Kuikuro e Kalapalo, de família linguística Karib e que são faladas na região do Alto Xingu/MT.
A língua de imigração incluída no INDL é o Talian, uma das autodenominações para a língua de imigração falada no Brasil onde houve ocupação italiana, desde o século XIX, nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo.
INDL
Resultado da mobilização que envolveu setores da sociedade civil e governamentais interessados em mudar a visão de um país monolíngue, o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) nasceu do Decreto nº 7.387, de 9 de dezembro de 2010, e foi instituído com instrumento oficial de identificação, documentação, reconhecimento e valorização das línguas faladas pelos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.
O Documento assinado pelos Ministérios da Cultura (MinC), Educação (MEC), Planejamento e Gestão (MPOG), Justiça (MJ), Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) permitiu a constituição de uma política específica para a salvaguarda da diversidade linguística brasileira, coerente com a natureza transversal das línguas, que participam de várias dimensões da vida social.
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