Está em discussão com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) a requalificação e restauração da antiga Fábrica Progresso, localizada em São Luís, que irá abrigar o Núcleo de Arqueologia do Maranhão. A presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, reuniu-se hoje com a reitora da UFMA, Nair Portela, para analisar os detalhes do projeto arquitetônico, visando sua aprovação pelo próprio Iphan, para dar início ao processo de contratação da obra. A requalificação do prédio garantirá a guarda e preservação dos mais de 53 mil artefatos arqueológicos encontrados durante os trabalhos de diagnóstico e prospecção arqueológica realizados pela Petrobras no município de Bacabeira.

As obras do prédio serão realizadas mediante convênio entre a Petrobras, a UFMA e o Iphan, e a proposta é instalar no local o curso de História, o Núcleo de Arqueologia e o Museu da Arqueologia, que abrigará as peças encontradas nas escavações feitas durante a terraplanagem da refinaria Premium. Pelo convênio assinado entre as instituições em 2014, a concessão do prédio terá a duração de 20 anos, período em que a UFMA terá a responsabilidade de administrar o Museu e servir de centro para a guarda e catalogação do material que é, legalmente, de propriedade da União, além de desenvolver pesquisas e estudos de interesse público de relevância para a cultura local. O espaço será composto por sala de aula, reserva técnica suficiente para abrigar os achados arqueológicos, laboratório e uma exposição permanente sobre o Patrimônio Arqueológico do Maranhão. A Fábrica Progresso, junto com a Fábrica Santa Amélia, que se encontra em obra para abrigar os cursos de Turismo e Hotelaria, integrará o Complexo Universitário da UFMA no Centro Histórico de São Luís.