Parceria preservará acervo de Heloísa Alberto Torres

Reconhecida internacionalmente por seus estudos e trabalhos nas áreas de antropologia, arqueologia e etnografia do Brasil, Heloísa Alberto Torres (1895-1977) terá preservado seus arquivos pessoais. A inciativa é resultado de cooperação técnica entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan-RJ) com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast).
 
A coleção bibliográfica da antropóloga, constituída por estudos sociais, livros raros e até correspondência trocada com o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, passará por tratamento, organização, inventário e digitalização, sendo disponibilizada futuramente ao público. 
 
A vigência inicial do acordo é de três anos e também contemplará a conservação dos arquivos da irmã de Heloisa, Maria Torres, e de seu pai, o nacionalista Alberto Seixas que ao longo da vida atuou na política, no jornalismo e no judiciário, onde se aposentou como Ministro do Supremo Tribunal Federal. 
 
Atualmente, o material está reunido na antiga residência da família em Itaboraí (RJ), um sobrado do século XIX que, assim como o acervo, também foi doado por Heloisa ao Iphan. 
 
Heloísa Alberto Torres
Nascida no Rio de Janeiro, ocupou cargos importantes e atuou em projetos de instituições como o Museu Nacional, o Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil, o Conselho Nacional de Proteção aos Índios e o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que deu origem ao Iphan.
 
Foi membro do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio e, embora seu nome não seja normalmente associado ao movimento de preservação de bens culturais, Heloísa foi a mão direita de Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador e diretor por 30 anos do Iphan, a quem substituiu muitas vezes à frente das ações preservacionistas.
 
Também foi membro do Conselho das Expedições Artísticas e Científicas do Brasil, professora de Antropologia na Universidade do Distrito Federal e na Faculdade de Filosofia do Instituto Lafayete (atual UERJ). Heloísa foi uma das pioneiras na luta pelos direitos da mulher no Brasil e representante do país em diversos eventos e Instituições culturais no exterior.

 

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