Arqueologia Brasileira está em debate, em Brasília

publicada em 01 de novembro de 2013, às 15h36

 

Técnicos do Iphan levam programação especial a evento sobre a Serra da Capivara, que acontece em Brasília desde outubro e segue até o fim do ano

As ações desenvolvidas em favor do patrimônio arqueológico no Brasil são o foco da participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no evento, Serra da Capivara: os brasileiros com mais de 50 mil anos, que acontece em Brasília até o dia 15 de dezembro, no Espaço Israel Pinheiro, na Praça dos Três Poderes. Nos próximos dias 06 e 07 de novembro, a programação do Ciclo de Conferências será coordenada pelo Iphan que terá, na quarta-feira, palestra do Diretor de Patrimônio Material, Andrey Schlee, sobre as Ações institucionais do Iphan no campo da arqueologia. Já o técnico do Centro Nacional de Arqueologia, Roberto Stanchi, falará sobre o Panorama da Arqueologia Brasileira.

Os debates do dia 06 contarão ainda com a participação da Diretora do Programa de Antropologia e Arqueologia, da Universidade Federal do Oeste do Pará, Lilian Rebellato, e do do arqueólogo sueco, Christian Isendahl, que abordará sobre Arqueologia Aplicada: Como aprender, com a ajuda do passado, forjar um futuro melhor? O professor da Universidade de Uppsala apresentará algumas reflexões sobre como a arqueologia e a ecologia histórica podem contribuir para os desafios atuais da sustentabilidade. No dia seguinte, os Geoglifos do Acre serão o tema apresentado pelo arqueólogo Deyvesson Gusmão, superintendente do Iphan no estado, enquanto os Megalitos do Amapá serão discutidos pelo arquiteto João Saldanha.

O evento Serra da Capivara: o brasileiro com mais de 50 mil anos, com entrada gratuita, é realizado pela Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM), governo do Estado do Piauí e parceiros (União Europeia, UNESCO no Brasil, ICMBio, representantes da República Federal da Alemanha, Embaixada da França e Embaixada da Suécia). Além dos ciclos de conferências que discutem questões atuais sobre arqueologia, turismo, gestão de áreas protegidas, gestão de patrimônio natural e inclusão produtiva de populações vizinhas, o evento e traz ainda duas exposições: a primeira é parte da coleção do Museu do Homem Americano e a segunda a produção de cerâmicas feitas pelos moradores das cercanias do Parque. Confira [aqui] a programação completa.

Parque Serra da Capivara
Integrante da lista do Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1991 e inscrito como bem cultural do Brasil desde 1993, o Sítio Arqueológico da Serra da Capivara é um dos mais ricos do mundo. O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado em 05 de junho de 1979 e está situado no Sudeste do estado do Piauí, fazendo fronteira com os municípios de São Raimundo Nonato, Coronel José Dias, João Costa e Brejo do Piauí. Possui 129.140 hectares e seu perímetro é de 214 km.

A região do Parque Nacional da Serra da Capivara, entre 440 e 360 milhões de anos atrás, era coberta pelo mar Siluriano-Devoniano, limitado ao sul pelo escudo cristalino do Pré-Cambriano. Por volta de 225-210 milhões de anos atrás, durante o Triássico, um movimento tectônico de grande porte que iniciou a abertura do Atlântico Sul fez levantar o fundo do mar, criando a serra, formada por rochas sedimentares, arenitos e conglomerados. As chuvas esculpiram o relevo formando uma paisagem espetacular com múltiplos monumentos geológicos de rara beleza.

A paisagem atual da região do Parque Nacional da Serra da Capivara é formada por planaltos, serras e planícies. Essas várias formas de relevo são resultado de transformações que foram se produzindo durante milhões de anos nas duas formações geológicas, a Bacia Sedimentar Piauí-Maranhão, ao Norte, e a Depressão do Médio São Francisco, ao Sul.

Serviço:
Palestras do Iphan no Ciclo de Conferências Serra da Capivara: os brasileiros com mais de 50 mil anos
Data:
06 e 07 de novembro.
Local: Espaço Israel Pinheiro, na Praça dos Três Poderes – Brasília-DF
Outras informações: União Europeia - Jérôme Poussielgue, (61) 3323-6658.

 

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