publicada em 20 de setembro de 2013, às 10h57

Os limites e possibilidades do projeto Memória oral da preservação do patrimônio cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi apresentado nesta sexta-feira, 20 de setembro, no 2º Festival de História de Diamantina (FHist) pela doutora em historiadora e técnica do Iphan, Analucia Thompson. Iniciado em 2008 a partir da entrevista-piloto com Augusto da Silva Telles, o objetivo da atividade é produzir, guardar e tornar públicos entrevistas e depoimentos de pessoas que tiveram e têm uma ação significativa na construção da preservação cultural no Brasil.

A ideia nasceu da necessidade de tratar as entrevistas realizadas pelo Núcleo de Editoração do então Serviço do Patrimônio (SPHAN/Pró-Memória), ainda na década de 1980. Hoje, o projeto já realizou mais de 15 entrevistas com ex-funcionários do Instituto. O resultado do trabalho revelou a importância do uso da fonte oral para o conhecimento da história institucional e conduziu, então, à nova estruturação do Projeto, baseada não só nas entrevistas antigas, mas também na realização de novas entrevistas com pessoas ligadas ao campo do patrimônio cultural.

Os limites do projeto apresentados no 2ª FHist estão relacionados à realização de uma história oral institucional orientada pela própria organização; e suas possibilidades, no trabalho com a documentação produzida, ao longo de mais de setenta anos pelo Iphan e conservada em seus arquivos, como também à geração de nova documentação, baseada em fontes orais, sobre o patrimônio cultural. No âmbito do Projeto, foi criada a Série Memórias do Patrimônio com o objetivo de publicar as entrevistas e artigos sobre história oral e temas correlatos, além de verbetes explicativos referentes a fatos, pessoas, objetos e instituições citadas nas entrevistas. Nessa Série, já foram publicadas três volumes, referentes às entrevistas com Judith Martins, Augusto da Silva Telles e Erich Hess.

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