​​Achado arqueológico na Serra da Barriga (AL): encontrada urna indígena que pode ter 900 anos

Urna funerária indígena na Serra da Barriga (AL)

Uma descoberta chamou a atenção dos arqueólogos, em sítio situado no antigo Quilombo dos Palmares. Durante as prospecções, os pesquisadores se depararam com urna funerária indígena pré-colonial, que deve ter sido enterrada há 900 anos. O recente regaste arqueológico pode contribuir com novos estudos científicos sobre a ocupação do povo indígena na região da Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL). Até o momento, 10 urnas foram descobertas pelos profissionais que trabalham no sítio arqueológico, desde da década de 1990.

A urna indígena foi encontrada durante pesquisa arqueológica, uma das etapas do processo de licenciamento ambiental da obra de acesso viário ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga. A construção da estrada é uma das medidas de valorização da região, reconhecida como Patrimônio Cultural do Mercosul no ano passado.

Salvamento de urna funerária na Serra da Barriga (AL)

A obra de infraestrutura demanda o resgate e salvamento do sítio arqueológico ali encontrado. As peças descobertas serão protegidas no Centro Arqueológico Palmarino, localizado na Casa Jorge de Lima. Na sequência, passará por análise dos artefatos em laboratório, higienização, registro e guarda.

Para a arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Alagoas (Iphan-AL), Rute Barbosa, a descoberta da urna reforça a importância do sítio arqueológico da Serra da Barriga, que deve ser um dos mais importantes da região. “Com o avanço das prospecções do entorno, e estudo desse sítio, será possível compreender melhor a história dessa urna e de toda a ocupação humana ali existente”, explica.

A idade da urna será revelada após estudos de datação. O material se assemelha às outras urnas ali descobertas, datadas de 900 anos.

Povos pré-coloniais

Segundo os arqueólogos que pesquisam a região, a urna funerária está associada à tradição dos povos indígenas extintos Aratu. A tradição tem como característica a forma piriforme (formato de pera invertida), fechadas, a maioria das vezes, por uma tampa (opérculo coniforme).

O trabalho desenvolvido é parceria entre o Estado de Alagoas, Prefeitura de União dos Palmares, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Pernambuco, Museu de História Natural e Centro Arqueológico Palmarino.

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