Comitê de candidatura é instalado no Forte de Coimbra, Corumbá (MS)
Uma comitiva composta pela presidente Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, pelo Ministro-Chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, com a presença do Senador Pedro Chaves (MS) e com apoio do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil deu posse, em 18 de agosto, ao comitê técnico que vai preparar o dossiê para a candidatura conjunta com outras fortificações do Forte de Coimbra, localizado às margens do Rio Paraguai, próximo à tríplice fronteira, a Patrimônio Mundial.
O evento no Forte de Coimbra começou com uma visita à edificação e rápida palestra sobre a atuação do exército ao longo dos anos no local. Em seguida, no Hotel de Trânsito da Marinha, houve a formação da mesa com as autoridades e, sem seguida, a apresentação da superintendente do Iphan no Mato Grosso do Sul, Maria Clara Scardini, que explicou sobre as atribuições de cada um dos membros do comitê para a elaboração do dossiê. Marcelo Brito, Diretor do Departamento de Fomento e Cooperação (Decof/Iphan), mostrou como é o processo de avaliação da Unesco dos candidatos a Patrimônio Mundial. Os representantes do Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil demonstraram total apoio à candidatura do forte de Coimbra, além disso, as duas instituições dispuseram todo o apoio de transporte, logística e alimentação para que todo o evento ocorresse.
Na sequência, todos os membros do comitê assinaram o documento de posse. Vão trabalhar na elaboração do dossiê e na preparação da edificação para a candidatura membros da Superintendencia do Iphan no Mato Grosso do Sul, Exército, Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul, Fundação de Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal Grande Dourados, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, Prefeitura de Corumbá, Fundação de Cultura e do Patrimônio Histórico do município de Corumbá, Fundação de Turismo do município de Corumbá, Secretaria Municipal de Educação de Corumbá, Conselho de Cultura do município de Corumbá e Associação de Moradores do Forte de Coimbra.
O Comitê Técnico da Candidatura foi instituído pelo Iphan em maio de 2018 e no início deste mês a nomeação dos membros foi publicada no Diário Oficial da União. O comitê possui a atribuição de estabelecer as diretrizes, conceitos e ações para a elaboração do dossiê técnico referente à fortaleza para a candidatura, além de ser a instância de interlocução técnica local em relação ao Conjunto de Fortificações do Brasil candidato a Patrimônio Mundial.
O Forte de Coimbra foi o primeiro a ser erguido a partir de uma ordem da Coroa Portuguesa para a construção de fortificações militares em alguns pontos do rio Paraguai, a partir de 1775. Durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), teve papel fundamental nas batalhas travadas, sendo fundamental para a consolidação da fronteira oeste do Brasil. Em 1974, o Forte Coimbra foi tombado pelo Iphan e, atualmente, é administrado pelo Exército Brasileiro, que tem como atrações a visita à parte alta da construção, de onde se observa o rio Paraguai ao lado de antigos canhões, além do passeio à vila de moradores e à gruta Buraco do Suturno.
Candidatos a Patrimônio Mundial
No ano de 2016, o Iphan apresentou à Unesco a candidatura do Conjunto de Fortificações do Brasil a título de Patrimônio Mundial. São 19 edificações, fortes e fortificações, construídas entre os séculos XVI e XIX, localizadas em todas as regiões do país, testemunhos do histórico esforço para a ocupação, defesa e integração do território nacional.
O Conjunto de Fortificações do Brasil, composto por 19 fortalezas e fortes situados em dez estados brasileiros, está entre os bens que integram a Lista Indicativa brasileira a Patrimônio Mundial da Unesco. O conjunto representa as construções defensivas implantadas no território nacional, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do País.
Implantadas pelos europeus no Brasil, as fortificações tiveram suas origens em um processo de ocupação do território de modo particular, diferenciado das outras potências coloniais. Baseava-se em um esforço descentralizado, oriundo de ações dos próprios moradores das diferentes capitanias que formariam o Brasil, sem uma maior intervenção da metrópole. Isso resultou na construção de centenas de fortificações, espalhadas por todo o território nacional, edificadas para atender mais a interesses locais do que os da metrópole.
A seleção inclui monumentos erguidos no território desde o início da colonização: Forte de Santo Antônio da Barra, Forte São Diogo, Forte São Marcelo, Forte de Santa Maria e Forte de Nossa Senhora de Mont Serrat (BA); Forte Coimbra (MS); Forte de Santa Catarina (PB); Forte de Santa Cruz, Forte São João Batista do Brum e Forte São Tiago das Cinco Pontas (PE); Forte dos Reis Magos (RN); Forte de Príncipe da Beira (RO); Forte de Santo Antônio de Ratones e Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirime (SC); Forte de Santo Amaro da Barra Grande e Forte São João (SP); Fortaleza de São José (AP); Fortaleza de Santa Cruz da Barra e Fortaleza de São João (RJ).
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