Sítio arqueológico no VLT Carioca recebe projeto de Educação Patrimonial

Projeto de Educação Patrimonial em Sítio arqueológico no VLT CariocaUma sala de aula a céu aberto. Assim têm sido os dias no Centro do Rio de Janeiro (RJ) em função das obras da Linha 04 do VLT Carioca, na Avenida Marechal Floriano. Como a área é rica em monumentos tombados, a presença do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está sendo marcante, em função da sua participação no processo de Licenciamento Ambiental, uma obrigatoriedade legal exigida para a instalação de empreendimentos.

Em função dos achados arqueológicos no local, nesta semana, 850 estudantes dos ensinos fundamental e médio do Colégio Pedro II, campus Centro, participaram do programa de Educação Patrimonial, com palestras e debates com integrantes da equipe de arqueologia responsável pela pesquisa na área. Atualmente, empreender em lugares onde existam representações do Patrimônio Cultural Brasileiro requer cumprir todas as condições previstas na Instrução Normativa (IN) 001 de 2015, do Iphan, que estabelece os procedimentos a serem observados nos processos de licenciamento ambiental dos quais a instituição participe. 

Entre as medidas previstas pela IN, o empreendedor deve garantir a preservação dos bens tombados e registrados localizados na área de influência direta do seu empreendimento, além de realizar pesquisas arqueológicas na área em que será implantado. Também devem ser desenvolvidas atividades de Educação Patrimonial, prioritariamente, voltadas para as comunidades, núcleos escolares, gestores públicos e trabalhadores dos empreendimentos que tenham contato com os bens culturais materiais, imateriais e arqueológicos.
 
No caso especifico do VLT Carioca, as obras estão acontecendo no Centro Antigo do Rio de Janeiro, próximo a importantes bens tombados pelo Iphan, como o prédio do Banco Central, a Igreja de Santa Rita, o Palácio do Itamaraty. Entre eles está o prédio do Colégio Pedro II, localizado próximo ao espaço onde existia a Igreja de São Joaquim, construída em 1758 e demolida em 1904, na gestão do prefeito Pereira Passos, para abertura da Avenida Marechal Floriano, antes chamada Rua Larga de São Joaquim ou, simplesmente, Rua Larga. Hoje, dessa Igreja restam apenas as fundações onde se pode perceber toda a sua disposição interna e limites, que foram evidenciados nas escavações arqueológicas, realizadas previamente à implantação das estruturas pertinentes à via do VLT. 
  
As pesquisas arqueológicas na área estão sendo desenvolvidas em meio urbano e central, num canteiro de obras a céu aberto, e têm despertado atenção e curiosidade. Além do próprio sítio arqueológico de São Joaquim, também foram identificados na região os sítios de Santa Rita e do Caminho Largo. Entre os achados arqueológicos, os mais recentes são as ossadas de 15 pessoas que viveram no Rio de Janeiro no século XVII, que, provavelmente, pertenceram à elite carioca e foram sepultadas dentro da Igreja de São Joaquim; e os alicerces e poços de uma loja de venda de escravos, na Rua Miguel Couto, que funcionou provavelmente nos anos 1860 e 1870.

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