Mapa do antropólogo Curt Nimuendajú reeditado pelo Iphan é apresentado em exposição

Utilizar as novas tecnologias da informação para tornar mais acessíveis à sociedade a história do Brasil e, assim, também promover a diversidade linguística brasileira. Este é o objetivo da iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que está desenvolvendo uma plataforma digital a partir do Mapa Etno-Histórico do Brasil e Regiões Adjacentes, de Curt Nimuendajú. 

O projeto, que também digitalizou uma das mais admiradas obras cartográficas do país, será apresentado no dia 07 de maio, no Recife (PE), durante a exposição Curt Nimuendajú – Reconhecimentos, realizada pelo Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA). A palestra sobre o mapa considerado um marco dos estudos sobre as línguas e culturas indígenas no Brasil é aberta ao público, com entrada gratuita.

“Mais de quatro décadas dedicadas à etnologia indígena, com pelo menos 34 pesquisas de campo majoritariamente pioneiras sobre mais de 50 etnias e um grande número de publicações, renderam a Curt Nimuendajú, ainda em vida, o reconhecimento como uma das maiores autoridades da Etnologia dos povos indígenas no Brasil na primeira metade do século 20”, afirma o professor Peter Schröder, curador da mostra e docente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Produzido há mais de 70 anos pelo renomado etnólogo alemão Curt Nimuendajú (1883-1945), o mapa documenta a diversidade social e cultural do território nacional e adjacências, reunindo mais de 900 referências bibliográficas e etnográficas sobre os povos indígenas, desde o século XVI até meados do século XX. Elaborado artesanalmente e medindo cerca de 2m x 2m, o trabalho é uma síntese definitiva de uma vida inteira dedicada ao estudo das línguas e culturas indígenas. 

Lançamento do Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes, de Curt NimuendajúEm 2017, a equipe técnica do Inventário Nacional da Diversidade Linguística do Departamento do Patrimônio Imaterial (INDL/DPI), em parceria com o Museu Paraense Emilio Goeldi, reeditou em livro o Mapa Etno-Histórico de Nimuendajú visando torná-lo mais acessível a pesquisadores e ao público em geral, além de transformá-lo numa ferramenta moderna, baseada nas novas tecnologias da informação. “A importância desse mapa está expresso também no âmbito internacional com sua inscrição no Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)”, ressalta o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/Iphan), Hermano Queiroz. 

Curt Nimuendajú - Kurt Unckel (1883-1945) nasceu na cidade alemã de Jena e tornou-se etnólogo a partir da experiência de contato e de pesquisa com povos indígenas no Brasil. Recebeu a alcunha de Nimuendajú (o que fez seu assento, o que se estabeleceu, conforme tradução livre do linguista Aryon Rodrigues) pelos guaranis do oeste paulistano, por volta do ano de 1905. Naturalizou-se brasileiro em 1920, adotando oficialmente o nome a ele dado pelos indígenas. Foi um dos principais pesquisadores da diversidade social e cultural da Amazônia. Além de uma vasta obra intelectual, também produziu três versões do Mapa por encomenda das instituições de pesquisa Smithsonian Institution, Museu Paraense Emílio Goeldi e Museu Nacional do Rio de Janeiro. 

Serviço:
Apresentação do projeto do Iphan e distribuição de exemplares da publicação
Data:
07 de maio de 2019
Horário: 17 às 20h
Local: Centro Cultural Brasil-Alemanha (Ccba)
Endereço: Rua do Sossego, 364, Boa Vista, Recife-PE. 
Sobre a exposição: Curt Nimuendajú – Reconhecimentos

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