Projeto em Porto Calvo (AL) promove Educação Patrimonial pela arte
Formado por alunos da rede pública, Grupo Trampolim encenará peça no Fortim Bass, monumento histórico do estado
Reinventar o olhar sobre o Patrimônio Cultural por meio da educação. Esse é o objetivo do Grupo Trampolim, projeto desenvolvido pelo educador social Gilvan Ciríaco com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Alagoas (Iphan-AL) no município de Porto Calvo (AL). Fomentando práticas que possibilitam a interação da comunidade com o patrimônio local de uma maneira dinâmica, lúdica e transformadora, a ação tem aproximado crianças e adolescentes das referências culturais da cidade.
O grupo é formado por alunos das redes públicas de ensino da cidade, tendo como público prioritário crianças e adolescentes sem escolaridade ou cursando os ensinos fundamentais e médios com idade entre nove e 25 anos de idade. Em seu auge, a ação já conseguiu atingir 80 jovens da cidade.
Há cerca de seis meses, os participantes começaram ensaiar um espetáculo que busca desenvolver a compreensão histórica das referências culturais do munícipio com a utilização da expressão corporal e da dança. Além de valorizar o Patrimônio Cultural e seu pertencimento, a iniciativa estabelece o exercício da cidadania. “Os alunos vivem em áreas de extrema violência, sem expectativas. A ação nasce também com o compromisso de propor novos parâmetros para os alunos, onde todos possam ter oportunidades”, destaca Gilvan, que também assina a direção e concepção geral do espetáculo.
Formado por nove atos, a peça Os últimos dias de Calabar utiliza o trabalho de corporeidade em diálogo com fatos históricos. A proposta é fazer uma encenação no Fortim Bass, monumento histórico construído no século XVII pelos holandeses, descoberto em 2015 por meio da pesquisa arqueológica coordenada pela Superintendência do Iphan-AL.
Para a arqueóloga do Iphan-AL Rute Barbosa, o projeto potencializa a importante construção coletiva de proteção, apropriação e valorização das referências históricas que formam o patrimônio local como algo coletivo.
Fortim Bass
O Fortim Bass está localizado na Ilha de Guedes e foi identificado a partir da pesquisa arqueológica de reconhecimento da cartografia holandesa entre os municípios de Porto Calvo e Porto de Pedras. Os resultados dos estudos demonstraram que o local funcionou durante o período colonial como um ponto militar para os holandeses, onde ficavam armamentos, munição, alimentos para tropa, entre outras funções.
O pequeno forte de terra funcionou como ponto estratégico dos holandeses no período colonial. A Bacia do Rio Manguaba era um reduto militar que guarnecia a ilha em frente ao varadouro da cidade de Porto Calvo. O fortim era uma linha de defesa da vila que foi determinante ao domínio territorial holandês no século XVII. A atividade arqueológica na região tem demonstrado a importância da pesquisa para evitar a perda de informações e, gradativamente, a reconstrução dos aspectos da vida dos cidadãos nos primeiros tempos do Brasil colônia.
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