Casa do Patrimônio em Lençóis (BA) recebe I Encontro de Mestras da Cultura Popular
Reiseiras, parteiras, benzedeiras, artesãs, curadoras de Jarê e outras protagonistas de diversas manifestações culturais brasileiras estarão reunidas no I Encontro de Mestras da Cultura Popular de Lençóis, nesta terça-feira, dia 17 de março. Realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Lençóis com o apoio da Prefeitura de Lençóis, da Associação de Capoeira Corda Bamba, da Sociedade União dos Mineiros e da Associação Comercial de Lençóis (Acel), o evento faz parte das comemorações do Mês Internacional das Mulheres.
Gratuito e aberto ao público, o encontro tem como objetivo o compartilhamento de histórias de vida e experiências das mestras no campo do patrimônio imaterial, explorando as relações entre gênero e práticas culturais. Além de uma roda de conversa, a programação do evento inclui apresentação de um grupo de Reisado e demonstração de técnicas de artesanato em palha.
Para a coordenadora da Casa do Patrimônio de Lençóis, Maria Paula Fernandes Adinolfi, o encontro representa uma oportunidade para debater as especificidades e desafios das manifestações culturais capitaneadas por mulheres. “Queremos valorizar essas mestras e promover a visibilidade delas diante do público externo e da comunidade, buscando pensar juntas em soluções de salvaguarda para garantir a continuidade dessas práticas”, explica.
Lençóis
O conjunto arquitetônico e paisagístico de Lençóis foi tombado pelo Iphan em 1973. A cidade situa-se na região centro-oeste da Bahia, em um anfiteatro natural na encosta oriental da Serra do Sincorá. O conjunto é bastante rico e interessante, tendo conservado muito das suas características originais, além de estar situado em uma região de serras, na área do Parque Nacional da Chapada Diamantina, famosa por uma deslumbrante beleza natural. Na área de proteção do patrimônio estão 570 imóveis.
O patrimônio cultural de Lençóis retrata a época do auge econômico das vilas e cidades da chapada, no século XIX. Entre 1845 e 1871, foi a maior produtora mundial de diamantes e a terceira cidade mais importante da Bahia, tornando-se entreposto comercial de exportação de produtos minerais para a Europa e de importação de artigos de luxo, a ponto de ter se instalado na cidade um vice-consulado da França para facilitar o comércio com este país. Em uma época de acelerado desenvolvimento, surgiram os primeiros sobrados e as construções mais elaboradas da cidade.
Serviço:
I Encontro de Mestras da Cultura de Lençóis
Data: 17 de março de 2019, às 18h
Local: Casa do Patrimônio de Lençóis
Rua da Baderna, 8, Centro – Lençóis/BA
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