Chafariz da Glória será reinaugurado no Rio de Janeiro

publicada em 03 de setembro de 2012, às 12h34

 

O Instituído do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan-RJ), a Companhia Estadual de Águas e Esgotos - CEDAE e a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos da Prefeitura do Rio vão reinaugurar nesta terça-feira, dia 04 de setembro, às 10h30min, o Chafariz da Glória. A restauração consistiu na erradicação da vegetação existente, retirada de constantes pichações, limpeza e recomposição dos elementos artísticos com argamassa de reposição, remoção de arames farpados, pintura, limpeza da cantaria, além de colocação de vidro laminado nas bordas dos tanques que compõem o chafariz, melhorando o resguardo desses elementos. O bem tombado também voltará a ter água em suas bicas e ganhará um novo sistema de iluminação além de câmeras de segurança.

Tombado pelo Iphan em 1938, por sua importância histórica e artística, o Chafariz da Glória vem sendo seriamente vandalizado no decorrer dos anos. Foi sistematicamente pichado e sua cantaria danificada várias vezes, teve suas cubas usadas para expor e guardar objetos de ambulantes e até mesmo incendiadas por fogueiras feitas por população de rua. Espera-se que com as novas medidas o monumento torne-se mais contemplado e menos vulnerável.

História
Chafariz da Glória foi construído no ano de 1772, durante o vice-reinado do Marquês do Lavradio (1769-1779). Atribuído a José Custódio de Sá e Faria, nele se lê uma inscrição em latim, assim traduzida:
“Luiz de Almeida, Marquês do Lavradio, que refreou as inundações do mar, construindo um grande muro, aumentou as rendas e dignidade do Conselho, restaurou os edifícios públicos, cortou os outeiros, igualou, tornou mais cômodas as ruas e renovou a cidade. O Senado e o Povo do Rio de Janeiro, ergue em 1772”

O Chafariz possuía oito bicas de bronze, as quais abasteciam um conjunto de tanques nas partes central e laterais. Com estética e ornatos tipicamente coloniais, prestou valioso serviço aos moradores das redondezas por mais de um século. Suas águas provinham de um aqueduto derivado do mais importante da cidade, o da Carioca, a partir de uma conexão no Curvelo, em Santa Teresa. A desativação do sistema das águas do Carioca e a distribuição residencial por encanamento tirariam a função do chafariz, permanecendo, contudo, como relíquia histórica. Durante a gestão do Prefeito Pereira Passos, no início do século XX, o monumento foi restaurado e devolvido à coletividade em boas condições.

Sua primeira restauração aconteceu na década de 60, em consequência da alteração sofrida em 1905, durante a reforma urbana do Prefeito Pereira Passos.

Veja o convite aqui.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa Iphan-RJ
Telefone: (21) 2233-6334
Chico Cereto e Eliza Morenno.

 

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