Mineração de Manganês (AP)

As notícias sobre a existência do minério de manganês, no vale do rio Amapari, surgiram antes de Getúlio Vargas criar o Território Federal do Amapá, em 1943, mas foi somente dois anos depois que as amostras colhidas pelo garimpeiro Mário Cruz foram identificadas com alto teor de manganês. O interesse na exploração veio com o parecer do especialista Glycon de Paiva, em 1946, que confirmou as grandes minas no território.  Ele acreditava que a exploração mineral não seria apenas uma fonte de riquezas, mas poderia projetar o Brasil no comércio internacional e, inclusive, se tornar um elemento estratégico para a política externa do país.

Vencendo uma concorrência que incluiu mineradoras estrangeiras, a Icomi assinou o contrato de exploração mineral em 1947. Em 1951, confirmou a existência de quantidade superior a 10 milhões de toneladas de minério. As obras e os trabalhos da mineradora no então Território Federal do Amapá continuaram uma política de ocupação que remonta ao século XVIII, para garantir a presença portuguesa e, mais tarde, de brasileiros no Norte do Brasil. 

A experiência em Serra do Navio atraiu brasileiros de todos os estados, que se instalaram no Amapá. Entretanto, a reserva de minério se esgotou antes do previsto e a Icomi deixou a região no final da década de 1990. Em maio de 1992, a vila passou a ser a sede do município de Serra do Navio. 

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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