Paracatu
Diferentemente de outras cidades de Minas Gerais, que tiveram origem vinculada à atividade mineradora, Paracatu só conheceu essa atividade, oficialmente, em 1744. A cidade teve, antes e após a mineração, uma de suas principais atividades vinculada à pecuária – principalmente o couro. Assim, a formação social de Paracatu conheceu dois momentos distintos: a vida requintada e luxuosa da mineração e a vida social igualitária da criação.
O significado do patrimônio de Paracatu está diretamente relacionado à sua posição geográfica, ao ciclo do ouro e à fixação populacional no interior do Brasil. Seu patrimônio testemunha a expansão e fixação da rede urbana no interior do noroeste mineiro, bem como do processo de interiorização do Brasil. Assim, sob o título de “Conjunto Histórico de Paracatu – MG” inscreveu-se o bem no Livro do Tombo Histórico e no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Iphan.
Com a construção de Brasília, Paracatu passou por várias transformações urbanas. O núcleo colonial passa a ser modificado, fazendo com que o colonial ceda espaço ao moderno muito rapidamente. Foi nesse contexto, e pela relevância desses bens coloniais, que as Igrejas da Matriz e do Rosário foram tombadas pelo Iphan em 13 de fevereiro de 1962, processo nº 636-T-61, inscrição nº 466, constando do Livro de Belas Artes, v. 1, p. 86.