Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Alcântara (MA)
Casa de Câmara e Cadeia; Forte de São Sebastião; Cavalo de Tróia (o mais alto solar de Alcântara, construído pelo português Chico Taipa, segundo o qual sua casa fazia referência ao cavalo de madeira da Guerra de Tróia); centros de Pesquisa e Documentação da Imagem e do Som, de Artesanato, de Pesquisa e Experimentação de História Natural, e Cultural Netto Guterres; Terminal de Passageiros; Mercado de Peixes; antigo Matadouro; Casa de Cultura; Museu Histórico; Pousada do Imperador; sobrados Cavalo de Tróia e Tito Soares; Pousada do Pelourinho; Porto do Jacaré; Memorial Ruínas Clóvis Bevilacqua; Passos (construídos no século XVI, na Rua da Amargura, para a representação da Páscoa); Capela de Nossa Senhora do Desterro (Igreja do Desterro, atual Igreja de São José); Igreja de Nossa Sra. do Rosário dos Pretos; além das ruínas das igrejas de São Francisco, Nossa Senhora do Carmo, Matriz de São Matias (fachada principal, vestígios do campanário e das paredes laterais em alvenaria de pedra e cal), entre outros.
Igreja de Nossa Sra. do Rosário dos Pretos – Construída, entre 1781 e 1803, por membros da Irmandade de Nossa Sra. dos Pretos que obteve licença do governador para erguer sua própria igreja. Localizada no Bairro Caravela, o templo é modesto, com frontão triangular curvilíneo que é, aparentemente, desproporcional ao corpo da igreja.
Igreja e Convento do Carmo - Fundados pelos irmãos da Ordem dos Carmelitas Calçados, em 1646 e 1665, respectivamente. Em 1865, o conjunto foi restaurado por ordem provincial. O altar-mor é de madeira, todo revestido a ouro em folha e com pintura da época. Representa a arte barroca brasileira, mas caracteriza-se por não manifestar ornamentos rococó. O resultado é a limpeza de composição em substituição à sobrecarga ornamental das anteriores. A pia da sacristia foi importada de Portugal. O convento esteve abandonado a partir de 1890, quando a Ordem Carmelitana foi despojada de todos os seus bens no Maranhão, com a morte de seu último monge e transformado em quartel e fortaleza, por Portugal. Atualmente, o convento se encontra em ruínas e resta apenas muros e escombros
Rua do Jacaré - Ladeira que termina na praia, composta por pedras cabeça-de-negro e de cantaria, chamadas de pedras de jacaré, a preta (irregular e rugosa) e a de cantaria (irregular e polida pelo tempo), esta última encontrada em abundância na região. A pedra de cantaria também é usada nas soleiras das portas das casas dessa rua.
Fonte de Pedra - Edificada pelos franceses, em 1613, para abastecer a população, possui grande valor histórico e artístico. Construída em pedra preta com frontão triangular, encimado por uma pedra cabeça-de-negro, tem formas arredondadas e é murada na parte central.
Fonte do Miritiva (Fonte do Mirititina) - Construída na primeira metade do século XVIII, pelo donatário Antônio Coelho de Carvalho para abastecer a cidade. Sua água possui propriedades terapêuticas. É composta por três mananciais canalizados, que convergem para a caixa d'água e jorram em três poços.
Capela de Nossa Senhora do Desterro - Atual Igreja de São José. Não se sabe a data exata de sua edificação, mas parece ser o primeiro templo do Maranhão. Está situada na parte mais antiga da cidade. Em 1641, com a invasão holandesa, a cidade foi destruída e a imagem de Nossa Senhora do Desterro despedaçada e, 13 anos depois, a igreja foi reconstruída. Em 1942, a imagem de São José foi recolhida à Catedral e as demais imagens abrigadas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Em 1954 e 1978, o Iphan realizou obras de consolidação, preservação e restauro na igreja.
Fontes: Iphan/Arquivo Noronha Santos, Sítios Históricos e Conjuntos Urbanos de Monumentos Nacionais - Volume I: Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Iphan/Programa Monumenta), Inventário Nacional de Bens Imóveis/Sítios Urbanos Tombados - Manual de Preenchimento – Volume 82 (Iphan/Edições do Senado Federal) e IBGE