Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Areia (PB)
Museu do Brejo Paraibano, Solar José Rufino e, aproximadamente, 420 imóveis.
Museu do Brejo Paraibano - Conhecido como Museu da Rapadura, desafia o processo de esquecimento e abandono dos engenhos brejeiros, patrimônio cultural de grande importância para a região. Localiza-se em uma área de dois hectares, no Centro de Ciências Agrárias do Campus da Universidade Federal da Paraíba (UFP), onde estão a bagaceira do engenho, jardins, pomar e pequeno açude. Fazem parte do museu uma biblioteca especializada em cana-de-açúcar e um arquivo de documentos que estão disponíveis para pesquisas. Reúne referências da história do brejo paraibano, com ênfase na cultura da cana-de-açúcar e na produção tradicional de seus derivados, em especial a rapadura. O acervo inclui o núcleo de uma casa-grande e engenho dos primórdios da produção de rapadura, cachaça e açúcar mascavo, típicos da região. A casa-grande abriga exposições de objetos que revelam a convivência interna, as relações sociais e de trabalho, e o processo de ocupação da terra.
Solar José Rufino - Sobrado situado na Praça Pedro Américo, erguido em 1818. A propriedade foi herdada por Dona Iaiá, mãe de José Rufino de Almeida. Em 1910, ela vendeu o imóvel que passou por um processo de degradação. Em leilão realizado em 1971, foi arrematado por José Rufino de Almeida e voltou ao patrimônio da família. Rufino providenciou sua recuperação e manteve os traços do seu desenho original. Recebeu a visita do escritor Jorge Amado, que ali se hospedou em companhia de José Américo de Almeida, em 1978. Com a morte de José Rufino, em 1979, o sobrado entrou, novamente, em declínio de uso e conservação.
Possui três pavimentos e cinco salas para exposições, sendo duas permanentes com o Memorial do Fórum que lá funcionou e o acervo do antigo cartório. Nos pequenos cômodos do quintal funcionava a antiga senzala. Foi adquirido - na década de 1990 - pelo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba para instalação do Fórum da Comarca de Areia, onde funcionou até 2002. Após a recuperação, realizada pelo Iphan (Casa do Patrimônio), tornou-se um espaço de apoio às ações da preservação da cidade, produção e promoção cultural. Atualmente, é usado pela Justiça Estadual e Prefeitura Municipal de Areia, e pelo Iphan. Está aberto ao público para realização de eventos com a participação de grupos artísticos e culturais.
Fontes: Iphan/Arquivo Noronha Santos, Inventário Nacional de Bens Imóveis/Sítios Urbanos Tombados - Manual de Preenchimento – Volume 82 (Iphan/Edições do Senado Federal), IBGE e http://www.connhecer.tur.br/cidades