História - Olinda (PE)

A cidade conserva, com muita fidelidade, a trama urbana, a paisagem e o sítio da vila fundada em 1535, por Duarte Coelho Pereira. Configura-se, ainda hoje, pela sua ocupação como uma pequena vila com vultosas igrejas no cume dos montes, sobrados imponentes e um grande conjunto de casas singelas assentadas em um tecido urbano que se amolda à topografia acidentada, definindo perspectivas visuais que revelam a sua relação com o porto (ilha do Recife), pelo istmo, mantendo e expressando uma ambiência que é capaz de rememorar o que fora a antiga vila de seus primórdios até sua consolidação, no século XVIII.
 
Fundada em 1537, a então capital da Capitania de Pernambuco viveu, nessa época (século XVI), o período áureo da economia da cana de açúcar e se consolidou como sede da capitania de Pernambuco. Em 1630, foi invadida pelos holandeses e incendiada, um ano depois. Com a cidade destruída pelo incêndio, houve a transferência da capital para Recife.  Após 25 anos de guerra, consolidou-se o domínio português, mas a hegemonia de Olinda confrontava-se com o crescimento do Recife. A cidade perdeu definitivamente o título de capital para Recife, em 1837.  

Sua reconstrução se deu ao longo do século XVIII, com novas igrejas e restauração das antigas atingidas pelo incêndio. Durante esse século, sediou conflitos de motivação nativista e libertária contra a Coroa Portuguesa, que ocorreram no processo da Independência do Brasil. Após atravessar uma fase refluxo no mercado açucareiro, passou a exercer outros papéis urbanos e ganhou estatura aristocrática e se tornou um local voltado para recreação, estudo, tratamento da saúde e devoção religiosa.  

Compartilhar
Facebook Twitter Email Linkedin