​Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Ouro Preto (MG)

Casas da Baronesa, do Gonzaga, do Folclore, e dos Inconfidentes; Casarão Rocha Lagoa; Solar Baeta Neves; Teatro Municipal (Casa da Ópera); Capela das Dores; igrejas de Nossa Sra. do Pilar, da Conceição, do Carmo, e do Antônio Dias; pontes do Antônio Dias, do Rosário, e Ponte Seca; Horto Botânico; Vale dos Contos; Palácio Velho; Terminal de Integração; o cenário de suas ladeiras de pedras e o casario branco com suas telhas de barro e esquadrias coloridas, entre outros. 

Casa de Câmara e Cadeia de Ouro Preto - Atual Museu da Inconfidência. É uma edificação de grandes dimensões e caráter monumental. Nos ângulos do prédio estão estátuas que representam a Justiça, a Temperança, a Caridade e a Fortaleza. O Museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras do período da mineração de ouro e diamantes, no século XVIII, incluindo obras de Athaíde e Aleijadinho. O Museu foi criado por meio da decisão de Getúlio Vargas, em 1936, para resgatar os despojos dos heróis da Inconfidência Mineira, na África, para onde tinham sido degredados. 

Casa dos Contos - Construída pelo contratador de ouro João Rodrigues de Macedo e confiscada pela Coroa Portuguesa, que nela instalou a Casa dos Contos e da Intendência. No local, estiveram presos alguns dos inconfidentes e, em uma de suas dependências, foi encontrado morto o poeta Cláudio Manuel da Costa. Entre 1820 a 1844, a casa foi ampliada e incorporou a Casa de Fundição do Ouro e a Casa da Moeda, para exercer a função de Secretaria da Fazenda no mesmo local ocupado pelo Tesouro Nacional.

Igreja de São Francisco de Assis - Considerada, por especialistas, a obra-prima de Aleijadinho e Ataíde. Representa uma das expressões mais admiráveis do estilo mineiro do final do século XVIII, com fachada que segue o traçado português das grandes igrejas matrizes. A construção é um marco religioso, social e artístico da cidade e do Estado, com projeto arquitetônico, risco da portada e elementos ornamentais como púlpitos, retábulo-mor, lavabo e teto da capela-mor do Aleijadinho e pinturas de Athaíde. O forro da nave é totalmente coberto pela pintura de Athaíde, e representa a assunção de Nossa Senhora da Conceição (padroeira dos franciscanos). 

Igreja Matriz do Pilar - Sua construção foi Iniciada entre 1728 e 1730, em substituição ao mais antigo templo da vila dedicado à Virgem do Pilar. É um dos mais importantes exemplares do barroco mineiro. Além das imagens de excelente qualidade, a Igreja abriga o Museu da Prata. Em corredor anexo ao consistório, conserva-se o Arquivo da Matriz, o mais completo dos arquivos de Ouro Preto.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos - Datada de 1785, é dedicada à santa padroeira dos negros e mulatos, e possui o desenho mais original de todas as igrejas barrocas mineiras. Em forma de elipse, o teto da nave se assemelha a uma quilha de navio. O interior impressiona pela acústica e pela clareza. Os altares laterais são dedicados a Santa Helena, Santa Efigênia, Santo Antônio da Núbia, Nossa Senhora Mãe dos Homens, Santo Elesbão e São Benedito. Alguns pesquisadores afirmam que as imagens de Santo Antônio e São Benedito foram feitas por padre Félix, irmão mais velho de Aleijadinho.                

Igreja de Nossa Senhora do Carmo - Construída no período da terceira fase do barroco, com a parte principal concluída em 1772 e as obras de embelezamento e acabamento finalizadas em 1848. Participaram de sua ornamentação artistas como Manoel Francisco Lisboa (pai do Aleijadinho), Manoel da Costa Ataíde, entre outros. Localiza-se no alto de uma ladeira alcançada por meio de extensa escadaria e era frequentada pela aristocracia local. Os azulejos portugueses dos dez painéis devem ter custado muito ouro à irmandade religiosa que a financiou. Vindos de Portugal, os azulejos foram levados do Porto do Rio de Janeiro para Minas Gerais em lombo de burros. 

Igreja de Santa Efigênia (Igreja de Chico Rei) - Construída em 1736. Vários artistas trabalharam na obra, entre eles estão Manoel Francisco Lisboa, Francisco Xavier de Brito e Manuel Gomes da Rocha. É a célebre Igreja de Chico Rei, rei africano trazido ao Brasil como escravo. Conta a história que foi ele, devoto da Santa Efigênia, quem mandou erguer um templo em culto à santa, no alto do morro para ser vista por todos. Os recursos para a obra vieram do minério extraído de uma mina arrendada por Chico Rei, que utilizava o ouro para alforriar outros escravos. 

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias - Situada entre a Praça Barão de Queluz e a Praça Tiradentes, teve sua construção iniciada em 1727, e suas obras se prolongaram até a segunda metade do século XVIII. Manuel Francisco Lisboa trabalhou na construção da igreja, onde ele e seu filho, o Aleijadinho, estão enterrados. Uma das mais antigas paróquias de Minas Gerais, destaca-se, também, por ser uma das maiores em tamanho e suntuosidade. Na antiga sacristia está instalado o Museu Aleijadinho, onde podem ser admiradas várias obras do mestre, como a imagem de São Francisco de Paula e um Cristo crucificado. 

Capela de Nossa Senhora do Rosário do Padre - O nome deve-se ao padre João de Faria que encomendou a construção, nos primeiros anos do século XVIII, em invocação a Nossa Senhora do Carmo e, por volta de 1740, a Capela do Padre Faria passou a abrigar, também, os irmãos brancos da Irmandade do Rosário. É o único exemplar no perímetro urbano de Ouro Preto representativo das construções primitivas da Serra de Ouro Preto, sendo considerada, por muitos, a mais requintada de todas. 

Palácio dos Governadores - Atual Escola de Minas e Metalurgia da Universidade Federal de Ouro Preto. Construído no mesmo local onde funcionou a Casa de Fundição e Moeda. O governador Gomes Freire de Andrade, em 1735, mandou adaptá-la à sua nova função, reinstalar a Casa de Fundição na parte térrea do prédio, além da Contadoria e Junta da Fazenda, Casa do Corpo da Guarda e Secretaria do Governo. O palácio serviu de moradia oficial a todos os governadores de Minas Gerais, até 1898, e hospedou os dois imperadores do Brasil. Com a mudança da capital do Estado, para Belo Horizonte, em 1897, o prédio passou a abrigar a Escola de Minas e Metalurgia, criada em 1876, pelo Imperador Pedro II. 

Praça Tiradentes - Datada do século XVIII, é um grande espaço urbano no qual foram edificados dois dos maiores exemplares da arquitetura civil da cidade: de um lado, o Palácio dos Governadores e do outro, a Casa de Câmara e Cadeia (atual Museu da Inconfidência) e a Casa dos Contos. 

Chafariz da Praça de Marília de Dirceu - Tem este nome por se situar próximo da casa onde residiu Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, a Marília de Dirceu (musa de Tomás Antônio Gonzaga, poeta e integrante da Inconfidência Mineira, que se autodenominava Dirceu, em seus poemas). A construção do chafariz foi uma iniciativa do Senado da Câmara de Ouro Preto, e construído por Manuel Francisco Lisboa, em 1759 e é bastante forte a hipótese da participação de Aleijadinho nos ornatos de pedra-sabão. O Chafariz de Marília é considerado um dos mais importantes do Brasil. Possui quatro carrancas com as respectivas bicas e tanque com quatro cavidades em forma de campânula invertida. Na parte de baixo, grande taça recebendo a água.

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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