História - Vassouras (RJ)

Os primeiros colonizadores que chegaram ao território do atual município de Vassouras, na região dos rios Paraibuna e Paraíba, integravam a expedição de Garcia Rodrigues Paes Leme, que abriu o Caminho Novo das Minas e fixou residência na margem esquerda do rio Paraíba.  Daí em diante, ele e seus sucessores, entre os quais o sargento-mor Bernardo Soares Proença, prosseguiram na construção do caminho que ligaria Minas à cidade do Rio de Janeiro, entre 1700 e 1725. O povoado foi fundado em 1782, quando o açoriano Francisco Rodrigues Alves e seu sócio receberam uma sesmaria repleta de arbustos que seriam empregados na confecção de vassouras. 

Localizada no Vale do Paraíba, era uma região privilegiada, cortada pelos caminhos de ligação entre Minas Gerais e o porto do Rio de Janeiro que, no período econômico do ouro, serviam ao escoamento do produto para o império português. O povoamento se intensificou em 1812, quando, para impedir a invasão de contrabandistas, D. João VI ordenou a construção da Estrada do Comércio, que levava a Minas e Goiás. No início do século XIX, a região progrediu ainda mais, com o cultivo de cana-de-açúcar e, posteriormente, de café, levando a Província do Rio de Janeiro a ser o primeiro grande exportador do produto, no Brasil. 

Em 1828, foi erguida a Capela de Nossa Senhora da Conceição à margem da Estrada da Polícia que se dirigia à Valença e Minas Gerais.  O povoado foi elevado à categoria de vila, em 1833, e à cidade em 1857. Na década de 1850, Vassouras viveu um período de intensa vida social, quando surgiram casarios, palacetes, hotéis e colégios que guardam a memória dessa fase próspera, quando passou a ser chamada "Cidade dos Barões". 

O cenário urbano é marcado pelos jardins da Praça Barão do Campo Belo, um dos principais cartões postais de Vassouras, com a Igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, palmeiras imperiais e Chafariz Monumental. Outros imóveis completam a arquitetura das ruas de entorno: a Casa da Cultura, a Casa do Barão de Itambé, o Lar Barão do Amparo. Aos fundos da Igreja da Matriz, na Praça Sebastião Lacerda, está a casa das 14 janelas, o Chafariz D. Pedro II e as figueiras centenárias. Na Rua Barão de Vassouras, estão o prédio do antigo Banco Comercial e Agrícola, o Mercado Nova União e a antiga casa da família Teixeira Leite (atual Mara Palace Hotel).

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