Terreiro do Axé Opô Afonjá - Salvador (BA)

A Casa de Xangô, como também é conhecido, fica em Salvador (Ba) e foi o segundo templo de culto afro-brasileiro a ganhar status de patrimônio nacional.

A história do Terreiro do Axé Opô Afonjá - também conhecido como Ilê Axé Opô Afonjá - assim como a do Terreiro do Gantois, está intimamente vinculada ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho. É o terreiro mais antigo de que se tem notícia e o que, segundo vários autores, serviu de modelo para todos os outros, de todas as nações. Um grupo dissidente do Terreiro da Casa Branca, comandado por Eugênia Anna dos Santos, fundou o Terreiro Kêtu do Axé Opô Afonjá, em 1910, em uma roça adquirida no bairro de São Gonçalo do Retiro.

O terreiro ocupa uma área de cerca de 39.000 metros quadrados (m2) e está localizado no Cabula, em Salvador (BA). Tombado pelo Iphan, em 2000, e inscrito nos livros do Tombo Histórico e do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.  As edificações de uso religioso e habitacional ocupam cerca de 1/3 do total do terreno, em sua parte mais alta e plana, sendo o restante ocupado pela área de vegetação densa que constitui, nos dias de hoje, o único espaço verde das redondezas. 

Por força da topografia do terreno, as edificações do Axé Opô Afonjá se distribuem mais ou menos linearmente, aproveitando as áreas mais planas da cumeada, tornando, no acesso principal, um local aberto em torno do qual se destacam os edifícios do barracão, do templo principal - contendo os santuários de Oxalá e de Iemanjá -, da Casa de Xangô e da Escola Eugênia Anna dos Santos. A organização espacial mantém as características básicas do modelo típico do terreiro jejê-nagô. Esses mesmos elementos também são encontrados nos terreiros da Casa Branca e do Gantois, apenas com uma diferença: no Axé Opô Afonjá o barracão é uma construção independente, ao passo que nos dois outros ele está incorporado ao templo principal. 

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