Patrimônio Natural Mundial - Fernando de Noronha (PE)

Entre as ilhas do Atlântico Sul tropical, Fernando de Noronha é a que abriga as maiores colônias reprodutivas de aves marinhas. Existe grande concentração delas no arquipélago, destacando-se a viuvinha grande, a trinta réis de manto negro e a viuvinha branca. Há também diversas espécies parentes dos pelicanos: mumbebo branco-grande, mumbebo marrom, mumbebo de patas vermelhas, catraia, rabo de junco de bico amarelo e bico-vermelho. Nas matas, vivem o sebito, o cucuruta e a arribação. As aves migratórias, em geral provenientes do hemisfério norte, chegam para descansar e se alimentar. São doze espécies de maçarico e batuíra, sendo a mais comum a vira-pedra.

Uma de suas maiores atrações do arquipélago é o espetáculo das dezenas de golfinhos nadando, assim como as praias, pontilhadas por recifes de coral formando piscinas naturais; as áreas sem recifes são ideais para a prática do surf. Na Baía de Santo Antônio encontram-se vestígios de um naufrágio, ponto muito procurado para o mergulho livre e de onde se pode descortinar uma das mais belas vistas das principais ilhas. A ilha possui inúmeras piscinas naturais que permitem o contato com a variada e exótica fauna marinha do arquipélago. Nas águas rasas, encontram-se os peixes coloridos, como donzela de rocas, sargentinho, coroca e moréias. Nas águas profundas, estão o frade, budião, ariquita, pirauna e o borboleta.  No fundo do mar, vivem os cações, as arraias e o pacífico lambaru. 
 
Os golfinhos da espécie Stenella longirostris, conhecidos como rotadores, podem ser observados em seu ambiente natural na Baía dos Golfinhos. Esse é o único lugar do Atlântico onde ocorre a concentração desses animais. Diariamente, ao nascer do sol, grupos de rotadores deslocam-se para o interior da área para descanso e reprodução, voltando para o alto mal à tarde, em busca de alimento (pequenos peixes e lulas). A circulação de embarcações e a prática de mergulho nessa área estão proibidas desde 1986, como medida de proteção à espécie. É preciso lembrar que a caça e a captura de golfinhos, botos e baleias em águas brasileiras são também proibidas por lei federal.

Importantes projetos ecológicos são desenvolvidos e normas rígidas de controle ambiental são seguidas, visando também a preservação do patrimônio histórico e arqueológico; a proteção das tartarugas marinhas que ali desovam - Projeto Tamar; o controle das aves marinhas e migratórias - Projeto Cemave; e o estudo e registro dos golfinhos - Projeto Golfinho Rotador.

No Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Parnamar), criado em 14 de setembro de 1988, algumas atividades são proibidas, como: caça e pesca submarina; introdução de animais e plantas; coleta de sementes, raízes, frutos, conchas, corais, pedras, e animais; alteração da vegetação local; visita as praias do Leão e do Sancho, no período de janeiro a  junho, no horário das 18  às  6 horas; acampamentos e pernoites;  mergulhos  e parada de  embarcações nas proximidades da Baía dos Golfinhos; visita a áreas públicas sem autorização; e escrita ou pichação em rochas, árvores ou placas.

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