Edição 2009

Nesta edição, 253 ações de todo o país candidataram-se ao Prêmio. As comissões regionais pré-selecionaram 67 trabalhos, que foram analisados pela Comissão nacional de Avaliação. As ações foram as seguintes:

Apoio institucional e/ou financeiro
Prefeitura de João Pessoa
, na Paraíba, pelo Programa Integrado de Preservação do Patrimônio Cultural da cidade, da Coordenadoria de Proteção dos Bens Históricos e Culturais (Probech). Com esse programa, a gestão pública municipal assumiu a responsabilidade do desenvolvimento de ações integradas com organizações governamentais e não-governamentais. Além de atuar na educação patrimonial – com a organização de livros e outros materiais de divulgação -, a prefeitura promove restauro, conservação e revitalização de vários espaços e monumentos da capital paraibana, como o Mercado Central.

Divulgação
Organização não-governamental Thydêwá
pela ação Índios On-Line (www.indiosonline.org.br). O site foi ao ar em abril de 2004, reunindo tecnologia e as tradições de sete nações indígenas do Nordeste brasileiro: Tupinambá, Kiriri, Pataxó Hãhãhãe e Tumbalalá, na Bahia; Kariri-Xocó e Xucuru-Kariri, em Alagoas; e Pankararu, em Pernambuco. Com a inovação, a partir de um computador conectado via satélite em cada uma das aldeias, os indígenas passaram a interagir com pessoas de todo o mundo.

Educação Patrimonial
Tríade – Patrimônio Turismo Educação
, do Distrito Federal, pelo Circuito Educativo BrasiliAthos, programa desenvolvido para crianças das 3ª e 4ª séries do ensino fundamental das escolas públicas do DF, a fim de disseminar as obras de Athos Bulcão, artista plástico associado à identidade visual de Brasília. O objetivo é contribuir para a formação de pequenos cidadãos corresponsáveis na preservação do patrimônio cultural da cidade.

Pesquisa e Inventário de Acervos
Arquiteto Nivaldo Vitorino
, do Mato Grosso do Sul, pelo projeto Em Busca do Acervo Perdido, que permitiu a construção do Museu de História do Pantanal, inaugurado em setembro de 2008 e instalado na Casa Wanderley & Baís, na cidade de Corumbá. A ação uniu pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), ruralistas, comunidades indígenas, ex-ferroviários, artistas, bibliotecários, pantaneiros, equipes do Moinho Cultural e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em dois anos de pesquisas, que incluíram 25 viagens entre Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, foram reunidos objetos, entre artefatos, cacos e despojos, além de narrativas orais, que remontam oito mil anos da história da ocupação humana na região pantaneira.

Preservação de Bens Móveis e Imóveis
Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e do Turismo de Minas Gerais
, pelo projeto de Recuperação de Peças Sacras, realizado em parceria com a Procuradoria Geral e o Ministério Público. Muitas obras são roubadas por quadrilhas especializadas. A ação premiada visa acelerar o processo de recuperação dos bens culturais sacros mineiros, especialmente aqueles que foram roubados por quadrilhas especializadas. O resultado inicial foi a criação de um cadastro das peças levadas para fora de Minas Gerais. O MP identificou os principais alvos e rotas das quadrilhas. Um software criado em 2007 pela Promotoria deu ainda mais força ao trabalho de recuperação das peças e verificação de regularidade da comercialização dos bens culturais nos antiquários do estado.

Proteção do Patrimônio Natural e Arqueológico
Pedro Ignácio Schmitz
, do Rio Grande do Sul, pelo conjunto de sua obra. Professor, pesquisador e padre jesuíta, ele tem mais de 50 anos de dedicação à arqueologia brasileira, especialmente à frente do Instituto Anchietano de Pesquisas (IAP), instituição dedicada à pesquisa multidisciplinar, que se tornou o principal centro de referência de arqueologia no estado e um dos mais importantes do Brasil. O padre Schmitz também trabalha com populações indígenas e missões religiosas na América Latina e é reconhecido como um dos principais responsáveis pela evolução e reconhecimento científico da arqueologia brasileira.

Salvaguarda de Bens de Natureza Imaterial
José Evangelista de Carvalho (Mestre Zé de Bibi), de Glória de Goitá, em Pernambuco, pelo Sítio Histórico do Cavalo-Marinho. Variante do bumba-meu-boi, o cavalo-marinho é uma brincadeira composta por música, dança, poesia, coreografias e toadas. Mestre Zé de Bibi, como é conhecido, desde 1962 se dedica à divulgação e à preservação da cultura popular, ensinando e incentivando crianças e jovens de sua comunidade e de cidades vizinhas a manter grupos de cavalo-marinho mirim, promovendo o intercâmbio de alunos que visitam o museu e assistem ao espetáculo e criando condições de continuidade e sustentabilidade para o folguedo.

Confira a revista com mais informações sobre a edição 2009.

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