Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Maragogipe (BA)
Forte da Barra do Paraguaçu (Forte do Alemão, Forte da Salamina) - O Forte, situado na margem direita do Rio Paraguaçu, se transformou em ruínas e acabou invadido pela vegetação. A construção atual é, provavelmente, do início do século XVIII refeita sobre outra, da primeira metade do século XVI, não havendo consenso quanto aos seus fundadores, ora atribuindo-se a fundação aos holandeses, ora aos portugueses. É uma fortificação tipicamente marinha, flanqueada por água em três dos seus lados, desenvolvida em forma de hexágono com um só ângulo reentrante e parapeito à barbete, construída em alvenaria de pedra com guaritas em tijolos. Tinha a função de impedir o acesso dos inimigos ao Iguape e seus engenhos e às vilas de Maragogipe e Cachoeira, no sertão da Bahia.
Fazenda de São Roque: casa grande e capela - A casa grande do antigo Engenho da Barra de São Roque está situada próxima à margem direita do Rio Paraguaçu e, entre ela e a capela, implantada no ponto mais elevado do sítio, desenvolveu-se a vila. Do engenho, se tem notícias desde meados do século XVII, pertencendo então a Cristovan Cavalcanti e Albuquerque, senhor de vários engenhos. A casa grande e capela parecem datar do final do século XVIII, devido às suas características tipológicas. É um dos exemplares mais antigos, na Bahia, das casas de engenho contornadas por varandas em três lados, um artifício de adaptação portuguesa aos trópicos. A planta retangular se organiza a partir de um corredor longitudinal, com salas voltadas para o avarandado, quartos e alcovas ao centro e serviços e jantar nos fundos. Recoberta por telhado em três águas, destaca-se a casa grande por sua horizontalidade, o que é enfatizado pelas varandas sustentadas por colunas e outros elementos arquitetônicos raros na Bahia.
Igreja Matriz de São Bartolomeu - É um dos primeiros templos baianos e a data de sua construção é atribuída à segunda metade do século XVII. Situada no setor mais alto da cidade, de características monumentais e grandes proporções, a Igreja apresenta planta em cruz latina, contornada por arcarias abertas para o exterior, inclusive o transepto, sobre as quais se situam as tribunas. Duas sacristias superpostas por consistórios flanqueiam a capela-mor. Destaca-se no corpo central, a portada em cantaria e folhas almofadadas, flanqueada por outras duas semelhantes que são encimadas por janelas tipo guilhotina, no nível do coro. Seu interior é rico, com altares em talha rococó e neoclássico e ainda possui grande acervo de imagens, telas, prataria e móveis.
Paço Municipal - Atual Prefeitura Municipal de Maragogipe, situa-se em um dos pontos mais elevados da cidade. A Casa de Câmara e Cadeia foi erguida na década de 1730 seguindo a tradição desenvolvida em Salvador, em meados do século anterior, que apresenta pórtico arqueado, em quase todo o edifício, onde se realiza a feira semanal. No térreo, funcionava a Cadeia e no sobrado, a Câmara. O edifício destaca-se por suas características arquitetônicas, de proporções harmônicas. No frontispício, uma galeria de arcos plenos no térreo é encimada por janelas de púlpito com guarda-corpo entalado e coroado por uma espadana (estrutura/muro que se prolonga verticalmente) sobre o telhado.
Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE