Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Belo Horizonte (MG)

Serra do Curral (conjunto paisagístico), Presépio de Pipiripau Casa da Fazenda do Leitão (atual Museu Histórico Abílio Barreto), Igreja de São Francisco de Assis (Igreja da Pampulha), Lavatório da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem,  Antiga Hospedaria (instalação da Escola Livre de Artes), Museu de Arte da Pampulha, Casa do Conde de Santa Marinha, entre outros. 

Pampulha: conjunto arquitetônico e paisagístico - O Conjunto da Pampulha é uma obra ícone do Modernismo criado por Oscar Niemeyer. A década de 1940 se abre para a capital mineira com dois acontecimentos que marcariam decisivamente sua evolução urbana: a implantação da Cidade Industrial e a construção do complexo de lazer da Pampulha. O programa para a Pampulha, além da ampliação da barragem que a transformaria em um lago, previa a construção de um cassino.

Ampliando, entretanto, a ideia inicial, o prefeito Juscelino Kubitschek decidiu construir um conjunto de monumentos, de interesse social e recreativo, constituído, além do Cassino, do Iate Clube, Casa do Baile, Igreja e Hotel (este não construído) e uma casa de fim de semana para o próprio prefeito. Além das edificações, foi criada a lagoa, especialmente para o projeto, por meio da construção de uma barragem que fechou um vale largo e sinuoso, formando um espelho d’água de vários quilômetros. A inauguração dos prédios ocorreu em 16 de maio de 1943. Com a Pampulha, Niemeyer inaugura uma nova linguagem dentro da arquitetura moderna, explorando através de curvas e formas inusitadas as qualidades plásticas do concreto armado, e que irá influenciar a arquitetura brasileira nas décadas seguintes.

Em Belo Horizonte, a atuação de Niemeyer não se limitou ao conjunto. São também de sua autoria os projetos da casa de Juscelino Kubitschek (construída às margens da lagoa, em 1943, com paisagismo de Burle Marx), o Golfe Clube (sede atual da Fundação Zoobotânica, no início dos anos 1950), o Clube Libanês (1952), e o Pic (1961). Além de representar um marco fundamental para a compreensão da arquitetura moderna brasileira a partir da década de 1940, o Conjunto da Pampulha, participou da definição do estilo de vida belorizontino, constituindo-se no principal cartão postal da cidade.

Praça da Liberdade - Outro destaque na história da capital mineira. Construída na época da fundação da nova capital mineira (1895-1897), está localizada no ponto mais alto da área inicial da cidade e foi criada para abrigar a sede do poder mineiro. A construção paisagística da praça foi arquitetada em conjunto com as funções e valores sociopolíticos das estruturas de seu entorno. A partir da Avenida João Pinheiro, a visão segue em linha reta até o Palácio do Governador. Um olhar mais atento percebe diversos ambientes intermediários, como as fontes e o coreto, e agradáveis espaços abertos para o lazer ou a realização de eventos artísticos. Com a mudança da sede do governo, em 2010, a Praça da Liberdade ganhou em seu entorno instituições relacionadas à cultura, como museus e um planetário.

Mercado Central (antigo Mercado Municipal) - Criado em 1929, para centralizar o abastecimento da cidade. Em 1964, diante da possibilidade de fechamento do local, os comerciantes criaram uma cooperativa e construíram o galpão que hoje abriga o mercado. A construção ocupa um quarteirão inteiro do centro de Belo Horizonte e no seu interior existe uma mistura de religiosidade, cultura popular e tradição pela variedade de produtos existentes e que vai de verduras, frutas, ervas a utensílios domésticos, artesanato e artigos religiosos.

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan, IBGE e Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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