Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Florianópolis (SC)

Pintura Vista da Baía Sul, de Victor Meirelles (pintura retirada da Igreja do Rosário e São Benedito e exposta no Museu Casa de Vitor Meirelles), Casa de Vitor Meirelles (atual Museu Casa de Vitor Meirelles), Casa do Ribeirão,  Casa da Alfândega, Coleção arqueológica João Alfredo Rohr, Alfândega (atual Delegacia da Receita Federal) e Ponte Hercílio Luz, além das fortalezas de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba, de Santo Antônio (Fortaleza de Ratones), de São José da Ponta Grossa (Fortaleza de Ponta Grossa), e de Santana (atual Museu de Armas da Polícia Militar de Santa Catarina)

Ponte Hercílio Luz - Construída entre 1922 e 1926, por iniciativa do seu idealizador, o engenheiro Hercílio Pedro da Luz, então governador de Santa Catarina. Até aquele ano, o único meio de transporte entre o continente e a ilha de Florianópolis era o marítimo. É uma ponte pênsil de aço, sobre pilares de concreto, a maior do Brasil neste estilo, inclusive uma das maiores do mundo. Interditada pela primeira vez no ano de 1982, voltou a ser utilizada pela população e, em 1991, foi interditada definitivamente devido à sua deterioração. A Ponte Hercílio Luz - elo de integração da Capital com o restante do Estado - é a mais longa pênsil com sistema de barras de olhal do mundo, com um vão central de 339 metros e uma extensão total de 821 metros.

Ilha do Campeche - O sítio arqueológico e paisagístico abrange a totalidade da ilha, onde estão sinalizações rupestres, oficina lítica de polimento, sítio cerâmico e sambaqui. Situada na costa sudeste da Ilha de Santa Catarina, compõe-se de formação de Mata Atlântica contornada por costão rochoso, onde se encontram gravuras e oficinas líticas. Há, ainda, remanescentes de uma armação baleeira que existia no local. A população pré-histórica habitante da ilha praticava a agricultura, mas tinha na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência. Os indícios de sua presença encontram-se nos sambaquis e sítios arqueológicos cujos registros mais antigos datam de 4.800 A.C.  As sinalizações rupestres foram gravadas ou pintadas por populações pré-históricas em paredes de cavernas, abrigos, paredões ou blocos rochosos no solo.

A oficina lítica de polimento é um sítio formado por amoladores e bacias de polimento fixo: conjuntos de marcas e depressões, que aparecem nas superfícies dos afloramentos rochosos de praias e beira de rios e lagoas, provocadas pelo polimento de artefatos esfregando as pedras contra a rocha suporte. Os arqueólogos interpretam que a grande quantidade de oficinas líticas nessa região está ligada à atividade de corte de árvores para a produção de esteios de cabanas e canoas.

Os sítios cerâmicos são de duas populações ceramistas distintas, conhecidos na arqueologia como a Tradição Itararé (Gê) e a Tupiguarani (Guarani). A principal inovação tecnológica destes grupos horticultores foi a confecção de vasilhas cerâmicas. Quanto ao sambaqui, é formado por conchas (ostra, marisco, berbigão e outras) amontoadas intencional-mente por antigas populações, onde se encontram instrumentos de caça e pesca, peças produzidas em concha e ossos de animais e sepultamentos humanos. Os construtores dos sambaquis, chamados de pescadores-coletores-caçadores, ocuparam o litoral e utilizaram os recursos naturais dos rios, lagoas, mangues, praias e florestas.

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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