Monumentos e Espaços Públicos - Aracaju (SE)

Os bens ferroviários valorados e protegidos pelo Iphan compõem a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviárioe estão distribuídos pelos vários estados brasileiros, além de Sergipe. Diversos desses bens foram tombados como, por exemplo, a Estação Ferroviária de Teresina, no Piauí. Em Aracaju (SE), o patrimônio ferroviário é formado por imóveis e espaços identificados como Complexo Ferroviário.  

Complexo Ferroviário - O patrimônio ferroviário tombado pelo Iphan, em Aracaju, abrange a área do Pátio Ferroviário, onde estão a rotunda, os galpões (carpintaria, torneiros, ferraria, recuperação e ferramentas), a caixa d'água e a Estação Ferroviária. Durante as décadas de 1930 a 1970, a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) serviu como grande escoador da economia sergipana, oalém de ser utilizada como meio para o turismo do Estado. 

Em Sergipe, o sistema ferroviário começou a ser implantado em 1913 e o objetivo era prolongar o ramal de Timbó (atual cidade de Esplanada/BA), na linha que ligaria a Estação de São Francisco em Alagoinhas (BA) a Sergipe. Com o passar do tempo, o trem deixou de atender passageiros para tranportar apenas cargas. A antiga Estação funcionava próxima ao antigo Cais do Porto (Rua da Frente, nas imediações do atual Mercado Municipal). 

Praça dos Expedicionários - Localizada no Bairro Getúlio Vargas, é um dos locais brasileiros criados para homenagear os homens e mulheres que, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), integraram uma força militar que representou o Brasil no apoio aos países aliados que lutavam na Europa. O grupo ficou conhecido como Força Expedicionária Brasileira (FEB). A Praça faz parte do entorno do Complexo Ferroviário de Aracaju e estabelece um importante diálogo com a sede da Estação Ferroviária, que se alinha tanto ao pórtico quanto ao obelisco central da Praça. 

Casa da Praça Camerino – Neste imóvel - adquirido pelo Iphan -, funciona a Casa do Patrimônio de Aracaju. A construção da residência da Praça Camerino nº 225, esquina da Rua Dom José Tomás, ocorreu durante as primeiras duas décadas do século XX, quando a cidade se modernizou com a instalação de cinema, água encanada, esgoto e luz elétrica. Antes disso, a maioria das construções residenciais era bem modesta, com uma porta e duas janelas na parte da frente.

Com o impacto de uma nova realidade econômica, surgiram as residências luxuosas - os palacetes, como eram denominadas - e os bangalôs, influenciados pelo neoclassicismo francês. O imóvel é um desses palacetes, marcado pela fachada com festões – ornatos decorativos em forma de guirlanda. O Iphan pretende preservar esse exemplar de arquitetura em art déco, uma das poucas testemunhas da Belle Époque, em Sergipe, que restam no centro histórico.

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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