Edição 2006
Nesta edição, 163 ações de todo o país candidataram-se ao Prêmio. As comissões regionais pré-selecionaram 61 trabalhos, que foram analisados pela Comissão nacional de Avaliação. As ações vencedoras nas sete categorias foram as seguintes:
Apoio Institucional e/ou Financeiro
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) pelo desenvolvimento do Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS, com o objetivo de preservar o legado cultural representado pelos 12 prédios históricos da universidade. Por meio de campanha na mídia foram captados mais de R$ 12 milhões, obtidos não apenas entre as grandes empresas, mas principalmente junto à comunidade acadêmica e à sociedade gaúcha. Com isso, até 2005, seis prédios já foram restaurados.
Divulgação
Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em São Paulo, pelo desenvolvimento do Projeto Terra Paulista: histórias, arte, costumes, que oferece um painel amplo e detalhado sobre a formação de São Paulo, tornando público o acervo do legado das artes, das tradições e do cotidiano paulista que contribuíram para o desenvolvimento do estado até meados do século XX.
Categoria Educação Patrimonial
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) pelo desenvolvimento da ação Educação Patrimonial no Alto Paraná, Mato Grosso do Sul: Socialização do Conhecimento Arqueológico, que busca divulgar junto à população, por meio de folhetos, gibis, jogos de quebra-cabeça e livro, o conhecimento sobre o legado arqueológico do Mato Grosso do Sul, com a finalidade de preservá-lo.
Categoria Pesquisa e Inventário de Acervos
Departamento Estadual de Arquivo Público do Paraná/PR pelo desenvolvimento do Catálogo Seletivo de Documentos Referentes aos Africanos e Afrodescendentes Livres e Escravos, que tem como objetivo recuperar a riqueza e a diversidade populacional paranaense, por meio de documentos referentes aos africanos e descendentes que vieram ao Paraná no final do século XIX.
Categoria Preservação de Bens Móveis e Imóveis
Conselho Nacional de Arquivos/Arquivo Nacional, do Rio de Janeiro, pela elaboração da Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Brasileiro – Preservar para dar acesso. Aprovada em 2004, a Carta tem o objetivo de conscientizar e ampliar a discussão sobre o legado cultural em formato digital, que sofre risco de desaparecimento e falta de confiabilidade. A Carta manifesta a necessidade de estabelecer políticas, estratégias e ações que garantam a preservação de longo prazo e o acesso contínuo aos documentos arquivísticos digitais.
Categoria Proteção do Patrimônio Natural e Arqueológico
Zanettini Arqueologia S/S Ltda., do Mato Grosso, pelo projeto Fronteira Ocidental: Arqueologia e História de Vila Bela da Santíssima Trindade/MT, que há cinco anos desenvolve um extenso cadastro e o resgate do patrimônio arqueológico, histórico e cultural do município de Vila Bela. Já foram identificados mais de 60 sítios arqueológicos e históricos, entre os quais aldeias indígenas, os primeiros arraiais de mineração, quilombos, postos e destacamentos militares, além de vilarejos erguidos e abandonados no período colonial.
Categoria Salvaguarda de Bens de Natureza Imaterial
Ana Vilacy Moreira Galucio, do Museu Paraense Emílio Goeldi, no Pará, pelo projeto Documentação da Língua Puruborá: Contribuição para a Salvaguarda do Patrimônio Lingüístico. Criada com o objetivo de realizar a documentação científica e o estudo da língua Puruborá, a ação contribui ainda para a salvaguarda e valorização desse patrimônio imaterial ameaçado, por meio do resgate dos conhecimentos tradicionais do povo Puruborá.
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