Patrimônio Material - MT

O primeiro bem tombado pelo Iphan em Mato Grosso foi a Igreja de Santana do Sacramento, na Chapada dos Guimarães, em 1957. Localizada ao norte de Cuiabá, a cidade foi fundada como aldeamento jesuítico em 1751, mas a igreja só foi construída, em taipa de pilão, depois da expulsão dos padres, em 1779.   Em 1988, o Iphan tombou as ruínas da Igreja Matriz da Santíssima Trindade e o Palácio dos Capitães Generais, edificações de Vila Bela da Santíssima Trindade, a antiga capital da Província de Mato Grosso. No Estado, estão protegidos por tombamento o patrimônio cultural existente nas cidades de Cáceres e Cuiabá.

Cáceres - Em 2010, o conjunto urbanístico e paisagístico da cidade foi tombado pelo Iphan. Além do centro histórico, existem fazendas e usinas e, ainda, a sua pré-história constituída por dezenas de nações indígenas e milhares de habitantes, confirmados pelas pesquisas arqueológicas. Destacam-se imponentes construções, como as da Fazenda Descalvados com capela, casa grande, alojamento de operários e galpões industriais, que ainda são utilizadas pelo ecoturismo. Cáceres nasceu da pequena Vila Maria do Paraguai, fundada em 1778, no Pantanal Matogrossense. A cidade é considerada um marco na estratégia de proteção e conhecimento, durante as negociações para definição da fronteira do Brasil. A cidade abriga o Marco do Jaurú, localizado na Praça Barão do Rio Branco.

Cuiabá - Em 1993, o Iphan realizou o tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade, localizada no coração da América Latina. Neste espaço está o Marco do Centro Geodésico da América do Sul, na atual Praça Pascoal Moreira Cabral, a 15º35’56” de latitude sul e a 56º06’55”, local determinado por Marechal Cândido Rondon em 1909, e confirmado pelo Exército Brasileiro, em 1975. A praça era conhecida como Campo d'Ourique, local onde castigavam escravos e também realizavam as cavalhadas e touradas. O marco simbólico com as coordenadas gravadas foi construído em alvenaria pelo artesão Júlio Caetano, em 1909. Atualmente, um obelisco com 20 metros de altura, todo em mármore, preserva o marco original, protegido por vidros.

O centro histórico reúne os primeiros monumentos e o casario construídos nas vias urbanas abertas a partir da descoberta de ouro, em 1721, às margens do rio Cuiabá. A fase de mineração definiu os eixos de ocupação do povoado, logo elevado à categoria de vila e, mais tarde, à capital.  Nessa área estão as ruas mais antigas de Cuiabá e equipamentos que documentam momentos marcantes da história da cidade, tanto no que se refere aos materiais e técnicas de construção, quanto aos estilos. As antigas ruas de Baixo, do Meio e de Cima (atualmente, as ruas Galdino Pimentel, Ricardo Franco e Pedro Celestino) e as travessas ainda mantêm bem preservadas as características arquitetônicas das casas. 

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