Patrimônio Imaterial - MT

Modo de Fazer a Viola de Cocho é um saber que pode ser encontrado tanto em Mato Grosso como em Mato Grosso do Sul e foi registrado, pelo Iphan, no Livro dos Saberes, em 2005. O encaminhamento do registro sugeriu que as fronteiras fossem redefinidas em termos ecológicos: “baixada cuiabana e adjacências”. Para os cururueiros e mestres da dança do siriri, os produtores da viola de cocho, a continuidade cultural continuou reconhecida. 

O nome viola de cocho deve-se à técnica de escavação da caixa de ressonância da viola em uma tora de madeira inteiriça, mesma técnica utilizada na fabricação de cochos (recipientes em que é depositado o alimento para o gado). Nesse cocho, talhado no formato de viola, são afixados um tampo e, em seguida, as partes que caracterizam o instrumento, como cavalete, espelho, rastilho e cravelhas. A confecção, artesanal, determina variações observadas de artesão para artesão, de braço para braço, de forma para forma. 

Outro bem imaterial registrado em Mato Grosso é o   Ritual do Yaokwa dos Enawene Nawe, que reúne uma das maiores diversidades de etnias indígenas do Brasil - são 38 povos que mantêm línguas, costumes, cosmogania e uma produção significativa de cerâmica, arte plumária e objetos de palha. Em 2010, o Iphan procedeu ao primeiro tombamento de locais vinculados às culturas indígenas do Brasil e, no mesmo ano, registrou o ritual dos Enawene Nawe, grupo que habita uma única aldeia no noroeste do Estado. É a mais longa e importante celebração - e define o princípio do calendário anual Enawene - realizada por este povo indígena, com duração de sete meses.  

Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) - O Iphan - Mato Grosso realizou o INRC de Vila Bela de Santíssima Trindade, o Inventário Nacional de Diversidade Linguística (INDL) da língua Juruna, e o Mapeamento Documental do Patrimônio Imaterial Mato-Grossense.

 

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