Seis jardins públicos do Recife (PE) podem ser considerados patrimônio cultural brasileiro
Passear ou sossegar em jardins de praças públicas planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx, em Recife, pode se tornar um prazer ainda mais especial. Seis destas obras primas de um dos principais expoentes do movimento modernista podem ganhar proteção federal, se o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovar a solicitação de tombamento em sua 79ª reunião, que acontece no dia 11 de junho, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Brasília.
A criação dos jardins do Recife na década de 1930 pelo paisagista Burle Marx representou algo inovador no cenário brasileiro. A partir daí ficou definida uma nova fase, fundamentada nos princípios do Movimento Moderno, que priorizava e enaltecia a utilização dos artefatos nacionais, incluindo a vegetação regional e os materiais construtivos.
Os jardins que estão localizados nas Praças Euclides da Cunha, Casa Forte, do Derby, da República e Jardim Campo das Princesas, Salgado Filho e Faria Neves trazem em comum a característica inovadora do artista que utilizou o tripé higiene, educação e arte, no qual a vegetação é o elemento principal. Assim, por sua função higiênica, as plantas renovam o ar da paisagem urbana, educam quanto à riqueza vegetal brasileira e respondem a princípios de composição ecológica observados no ecossistema natural.
A solicitação de tombamento dos seis jardins públicos foi apresentada pelo Laboratório da Paisagem do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Pernambuco (UFPE) no ano de 2008, com o com o apoio do “Comittee on Historical Gardens and Cultural Landscapes” e da “Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas” (ABAP). Os principais argumentos que justificam e embasam a proposta de tombamento nacional do conjunto de bens estão relacionados à importância do paisagista Roberto Burle Marx como um dos principais expoentes do movimento modernista no Brasil e no exterior, às qualidades estéticas e paisagísticas de sua obra, e a sua influência sobre o paisagismo brasileiro.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.
Nesta 79ª reunião, os conselheiros também vão analisar o pedido de registro do ofício da Cuia, no Baixo Amazonas (PA), e o retombamento do Campo de Santana, no Rio de Janeiro.
Serviço:
79ª Reunião do Conselho Consultivo
Data: 11 de junho de 2015
Horário: das 10h às 19h
Local: Sede do Iphan - SEPS Quadra 713/913 – Bloco D – Asa Sul - Brasília – DF.
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