Ilhas do Farol e do Cemitério
A região do Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte, foi citada pela primeira vez em uma carta náutica, datada de 1502, por Alberto Cantino. Um ano depois, aconteceu nova citação, feita pelo almirante Dario Paes Leme, por ocasião do naufrágio do navio português comandado por Gonçalo Coelho. O Atol possui duas ilhas: a do Farol e a do Cemitério.
A primeira, com 34.637 metros quadrados, era conhecida pelos franceses e ingleses como Sable ou Sand. O Atol das Rocas está situado em um monte submarino pertencente à Cadeia de Montanhas Fernando de Noronha, de origem vulcânica. O nome atual deveu-se à construção do primeiro farol, em 1881, que acabou suspenso em virtude de a torre não atender às necessidades do local. O farol permanece em atividade e foi inaugurado em 1967.
A Ilha do Cemitério, com 31.513 metros quadrados, também era chamada de Grass ou Capim. Passou a ter esse nome com os sepultamentos ocorridos em função dos diversos naufrágios ocorridos na ilha e da morte de faroleiros e familiares. Pouco conhecida pela população brasileira, sua distância em relação ao continente pode ser considerada como o principal fator que dificulta o acesso dos visitantes, aspecto também visto como um ponto positivo porque sse território é uma unidade de conservação, protegida pela legislação ambiental. Somente alguns privilegiados estiveram no Atol das Rocas, incluindo pescadores, navegadores e pesquisadores.
Fontes: Iphan, Unesco e ICMBio (Plano de Manejo para a Reserva Biológica do Atol das Rocas)