Iphan deve auxiliar a implantação de Centro de Gestão do Patrimônio na África
publicado em 02 de março de 2011, às 14h18
O processo de criação do Centro Lucio Costa de Formação para Gestão do Patrimônio do Rio de Janeiro foi apresentado em Moçambique como proposta para o país africano
Uma nova parceria pode ser consolidada entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o governo de Moçambique, na África. O assessor de Relações Internacionais do Iphan, Marcelo Brito, participou do 1º Encontro sobre Gestão do Patrimônio Cultural dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – PALOPs, ocorrido na cidade de Maputo, dias 21 e 22 de fevereiro, quando foram trocadas informações e impressões sobre conservação e gestão do patrimônio cultural dos países lusófonos africanos. Também foi apresentada a experiência brasileira no processo de criação de um Centro Regional voltado para a formação de gestores do Patrimônio – o Centro Lucio Costa, criado em julho do ano passado no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, para desenvolver atividades de formação e de pesquisa aplicada no campo da gestão pública de patrimônio. O Centro Lucio Costa vai atender aos países sul-americanos e de língua portuguesa e espanhola da África e Ásia.
O caso dos países africanos lusófonos é de grande importância e interesse para o Brasil, tendo em vista os laços culturais e históricos comuns e as diversas iniciativas de cooperação bilateral empreendidas e em formulação, como os casos de Angola e Cabo Verde. O Iphan defendeu a incorporação de Guine Equatorial no desenvolvimento da proposta. Fazem parte dos PALOPs os seguintes países: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guine Bissau e São Tomé e Príncipe.
A reunião de Maputo resultou ainda em uma maior articulação com os PALOPs, além do encaminhamento de uma série de propostas que objetivam implantar um centro no território africano voltado para esses países e que possam contar com o apoio de países sensibilizados com a iniciativa. Com o Centro Lucio Costa, o Brasil sinalizou com a possibilidade de parceria, buscando uma agenda regional comum que deverá ser construída ainda este semestre em um novo encontro previsto para ocorrer no Rio de Janeiro com gestores de patrimônio cultural dos países africanos lusófonos.