Centro Lucio Costa prepara Seminário de Gestão do Patrimônio do MERCOSUL

A primeira reunião da equipe técnica do Centro Lucio Costa - Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio aconteceu essa semana na sua sede, o Palácio Gustavo de Capanema, no Rio de Janeiro. O objetivo foi discutir o I Seminário: Gestão do Patrimônio do MERCOSUL, que vai acontecer de 22 a 27 de novembro, na sede do Centro. O seminário, que deverá reunir 300 participantes, será a primeira atividade desenvolvida pelo Centro que é fruto de um acordo assinado em julho deste ano entre o Brasil e a UNESCO, visando à formação de gestores do patrimônio cultural e natural.

Para a diretora do Departamento de Fomento e Articulação do Iphan, Márcia Rollemberg, este primeiro encontro da equipe marca o início dos trabalhos do Centro. “As expectativas são as melhores possíveis em relação à agenda de trabalho deste grupo, que pretende alavancar as ações do Centro. A meta é aperfeiçoar a gestão dos sítios, com base na formação de pessoas e troca de experiências. Com o Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio, o Brasil passa a ocupar um papel importante de articulação entre os países membros”, analisa.

O Seminário Gestão do Patrimônio terá três eixos temáticos: gestão de sítios naturais; sítios arqueológicos; e sítios urbanos. O público será formado principalmente por representantes do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, técnicos do Iphan e dos outros órgãos de preservação da America Latina, gestores públicos estaduais e municipais ligados à área do patrimônio e a comunidade acadêmica.

Segundo o coordenador do projeto de implantação do Centro, Cyro Corrêa Lyra, o evento será uma oportunidade do Brasil se aproximar dos países do MERCOSUL, para trocar experiências de gestão dos patrimônios culturais e naturais, principalmente em relação à preservação e à sustentabilidade dos sítios. “O Brasil têm muito a aprender, mas também muito a ensinar”, conclui.

O Centro Regional
Criado em julho deste ano durante a 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, realizada em Brasília, o Centro Regional tem como missão estratégica a cooperação com países da América do Sul e de língua portuguesa e espanhola da África e Ásia, ou seja, Argentina, Angola, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Paraguai, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Uruguai e Venezuela. O Centro tem também como perspectiva estabelecer estreita colaboração com Portugal e Espanha e com a rede de centros de Categoria II da UNESCO, dedicados à formação e pesquisa aplicada em patrimônio. 

O Centro do Rio de Janeiro, sediado no Palácio Gustavo Capanema, é de responsabilidade do Ministério da Cultura, por intermédio do Iphan, em cooperação com os ministérios das Relações Exteriores, da Educação, da Ciência e Tecnologia, e de universidades e centros de pesquisa e ensino da região.  A sua prioridade é contribuir para a melhoria da gestão dos bens dos países da região inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, conforme a Convenção de 1972. O estudo e o monitoramento do estado de conservação deste patrimônio mundial, a preparação de listas indicativas e de dossiês de candidaturas de bens à lista do Patrimônio Mundial desses países balizam as ações de formação, intercâmbio e produção de conhecimentos, com foco na implementação das convenções da UNESCO:
Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural (1972); 
Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003); 
Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005). 

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