Cooperação internacional no Centro Lucio Costa
Unidade regional da rede vinculada ao Centro do Patrimônio Mundial da UNESCO promove sua primeira iniciativa de capacitação
O Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio Cultural, Centro Lucio Costa, realizou em novembro sua primeira atividade de grande abrangência internacional desde a sua instalação no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, conforme o acordo estabelecido em julho pela UNESCO e governo brasileiro. O Seminário Gestão do Patrimônio no MERCOSUL reuniu nos dias 22 a 27 de novembro dirigentes de órgãos culturais dos países da América Sul, técnicos do Iphan e comunidade acadêmica, além de gestores públicos estaduais e municipais.
O encontro promoveu a apresentação, intercâmbio e reflexão sobre as experiências bem sucedidas de fomento, pesquisa, educação, informação e comunicação, realizadas na região de abrangência do Centro. Em seis dias da programação, os participantes acompanharam atividades distribuídas em três eixos temáticos: gestão de sítios naturais, sítios arqueológicos e sítios urbanos.
O Seminário, organizado pelo Iphan e Ministério da Cultura, contou com a parceria do Instituto Chico Mendes do Ministério do Meio Ambiente, da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e da UNESCO.
Ponto de referência para a gestão do patrimônio cultural
O Brasil é o único país sul-americano que possui um Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio, categoria 2, ligado a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A unidade brasileira, denominada como Centro Lucio Costa, nasceu com a missão estratégica de capacitar profissionais da administração pública de 17 países de língua portuguesa e espanhola da América do Sul, África e Ásia.
Neste primeiro ano de atividades, será ainda organizado pelo Centro o II Ciclo del Informe Periódico del Patrimonio Mundial en Latinoamérica y el Caribe. Nessa reunião técnica marcada para dezembro, gestores do patrimônio mundial de países sul-americanos discutiram a elaboração dos diagnósticos do estado de conservação e de gestão dos bens do Patrimônio Mundial, bem como as necessidades e os avanços para a sua preservação.
Outras ações previstas para o Centro em 2011 deverão auxiliar no processo de formação profissional de quadros gerenciais voltados para a formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas no campo do patrimônio. Também impulsionarão as pesquisas aplicadas, o intercâmbio técnico e científico e a formação de uma biblioteca de referência e de um Observatório de Gestão do Patrimônio.
A expectativa ainda é contribuir para a ampliação da Lista do Patrimônio Mundial, bem como aprimorar os meios de preservação e salvaguarda de bens tombados e registrados. Em suas diversas linhas de atuação, o Centro estará focado na implementação das Convenções da UNESCO para a Preservação do Patrimônio Cultural e Natural (1972); para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003); e para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005).
O conjunto de países atendidos pelo Centro engloba, na América do Sul: Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela; na África lusófona e hispânica: Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial; e na Ásia, o Timor-Leste. Além desses países, o Centro deve realizar ainda ações de intercâmbio e colaboração com Portugal e Espanha, bem como os demais centros congêneres existentes na China, Noruega, México, África do Sul e Bahrein. Com estas unidades, o Brasil está trabalhando pela constituição de uma Rede Colaborativa dos Centros de Categoria 2 da UNESCO.
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