CLC realiza 1° Curso de Capacitação para Gestores de Bens Culturais

1° Curso de Capacitação para Gestores de Bens Culturais, promovido pelo Centro Lucio Costa/IphanO Centro Regional de Capacitação em Gestão do Patrimônio, Centro Lucio Costa (CLC), Centro de Categoria 2 sob os auspícios da UNESCO, vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), iniciou nesta segunda-feira, 7 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ), seu primeiro curso para formação de gestores do Patrimônio Mundial, voltado a profissionais que atuam na região de abrangência do CLC, América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), África e Ásia lusófona (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste).

O curso está organizado em dois módulos, sendo o primeiro presencial, e o segundo realizado a distância, quando os alunos desenvolverão os projetos selecionados em seus países de origem. A diretora do CLC, Jurema Arnaut, esclarece sobre a concepção desse curso para capacitação de gestores na área do Patrimônio Cultural, em especial na gestão do Patrimônio Mundial, que inaugura mais uma importante ação do Centro.
 
- Qual é a finalidade do primeiro Curso de Capacitação para Gestores de Bens Culturais do Centro Lucio Costa? 
Jurema Arnaut - 
O curso tem por finalidade fortalecer as capacidades profissionais da região do CLC para uma gestão cada vez mais qualificada dos bens e sítios a que se tenha atribuído valores patrimoniais, por meio de abordagens críticas que auxiliem o desenvolvimento de ações eficazes de preservação e da gestão patrimonial. Esse curso é uma das ações fundamentais do programa de formação desenvolvido pelo CLC. Seu formato foi pensado para possibilitar a interação entre diferentes profissionais e experiências e o compartilhamento de conceitos estruturantes no campo do Patrimônio Cultural e dos conhecimentos adquiridos com as instituições de origem dos participantes, em relação aos trâmites, estratégias e soluções possíveis na gestão de bens patrimoniais.

- O Centro Lucio Costa tem como público prioritário profissionais que atuam em países integrantes da sua área de abrangência: América do Sul, Países de língua portuguesa na África e o asiático Timor leste. Nesse universo tão diverso, a qual público este curso se destina?
Jurema Arnaut - 
Participam do curso profissionais de instituições públicas, que estão atuando com  políticas, ações, preservação e gestão de bens culturais, além de pesquisadores de universidades interessados no tema, nesses países.  
 
- Em que região houve maior interesse pelo curso?
Jurema Arnaut -
 A divulgação teve melhor repercussão na América do Sul, sendo a maior parte dos inscritos oriundos do Brasil, Chile e Peru, países bastante envolvidos com as questões do Patrimônio Cultural e que já têm participado de outras ações do CLC. Dos PALOP foram selecionados apenas 2 alunos caboverdianos.
 
 - Quais foram os critérios de seleção: os alunos foram indicados pelos países de origem ou passaram por alguma avaliação?
Jurema Arnaut 
- Além de serem profissionais ligados à área da preservação atuando em instituições de patrimônio, públicas ou privadas, ou na área de pesquisas como nas universidades, os alunos precisavam ter nacionalidade de país da Região; ter graduação superior, ter disponibilidade para participar do modulo presencial, realizado aqui na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, todos os selecionados apresentaram uma proposta de trabalho, com temas e problemas identificados em suas regiões de atuação, que serviram de referência para a montagem da grade do curso. O Centro Lucio Costa tem como princípio partir das demandas de seus colaboradores. Assim, o aprendizado é transversal e respeitoso das diferenças e diversidades. O que temos verificado nas oficinas que já realizamos é que muitas trocas interessantes foram proporcionadas por este modelo de trabalho.
 
- O curso será dividido em dois módulos, sendo o primeiro presencial. Como foram selecionados os professores para esta fase?
Jurema Arnaut -
 Os professores, selecionados pelo CLC/IPHAN, são especialistas nos diversos temas que compõem esta etapa do trabalho. No primeiro Eixo Temático denominado Conhecimento, serão trabalhadas habilidades e competências, a partir das quais se espera que o egresso seja capaz de analisar de forma crítica os valores atribuídos aos bens culturais com os quais lida, bem como sugerir novas formas de valoração e significação desses bens. Serão debatidos conceitos de gestão, políticas públicas, memória, identidade, tradição e diversidade cultural. O segundo Eixo temático, denominado Planejamento, tratará de normas, instrumentos e metodologias, instrumentos internacionais, ética na preservação, estratégias e instrumentos de gestão pública do Patrimônio Cultural, planejamento financeiro e metodologias para procedimentos de elaboração de programas e projetos. Quanto ao terceiro Eixo Temático, abordará o monitoramento de programas e projetos, considerando a execução, o acompanhamento e a avaliação. 

- Qual será a dinâmica de trabalho nesta fase?
Jurema Arnaut 
- As sessões serão compostas de aula expositiva, estudos de caso e discussão das propostas de trabalho apresentadas pelos selecionados. Estão previstas 17 aulas e três visitas técnicas a bens culturais localizados na cidade do Rio de Janeiro, acompanhadas por profissionais de competência reconhecida em cada um dos temas em pauta.

- Como foi montada a grade do curso? Os técnicos selecionados puderam contribuir para montar a grade final? De que forma?
Jurema Arnaut -
 Na seleção das propostas de trabalho, contamos com um conjunto de mais de 20 profissionais brasileiros e de outros países de nossa região de abrangência. Eles, além de avaliarem as propostas, discutiram em seus pareceres e em reunião presencial os problemas, as fragilidades e as possibilidades de cada uma das propostas apresentadas, com sugestões de encaminhamento. Com base no quadro temático publicado na Chamada Pública e nas propostas de trabalho selecionadas, a equipe do CLC estruturou uma grade dos conteúdos e uma proposta de dinâmica metodológica, considerando as que melhor poderiam servir à reflexão e ao desenvolvimento, levando em conta os objetivos do Curso.  A grade resultante, que será desenvolvida ao longo do módulo presencial, é a que nos parece melhor para oferecer aos alunos as bases para o desenvolvimento das propostas nos três meses subsequentes, quando os projetos serão desenvolvidos. 

 

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