publicada em 07 de novembro de 2012, às 12h34

O papel das comunidades locais e dos jovens no dia-a-dia das propriedades e na conservação dos bens culturais, com base nas ações desenvolvidas em Olinda – PE, é o tema do trabalho que a mestre em Preservação do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Julia da Rocha Pereira, apresenta em Kyoto, no Japão, durante o evento de encerramento da Celebração do 40º Aniversário da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural, da UNESCO. Ela é pernambucana, formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com co-graduação/intercâmbio acadêmico na Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha) na Escola Superior Técnica de Arquitetura. O evento termina na próxima quinta-feira, dia 8 de novembro.

A Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural foi celebrada em 1972. Atualmente, 190 estados-parte assinam a convenção, entre eles o Brasil, que possui 19 bens entre os 936 inscritos na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. Desde o lançamento oficial do aniversário da Convenção, na sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em 2011, vários eventos nacionais, regionais e globais estão acontecendo, planejados por mais de 25 países. O tema é sempre Patrimônio Mundial e Desenvolvimento Sustentável: o papel das comunidades locais. Outras informações sobre o evento estão disponíveis no sitehttp://www.finalevent.jp/.

Em Kyoto, Julia Pereira vai apresentar seu trabalho sobre a cidade de Olinda, tombada pelo Iphan em 1968 e inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO em 1982. Segundo ela, as comunidades locais e os jovens desempenham um papel importante na conservação porque estabelecem uma relação com o patrimônio por meio da identificação e valoração dos bens culturais. Júlia Pereira destaca ainda que no Brasil, o Iphan tem investido em novas abordagens de pesquisa, fortalecendo a aproximação dos jovens e das comunidades com o patrimônio cultural. Para ela, uma das alternativas que promovem essa interação é o Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural, inserido no contexto do Centro Lucio Costa para formação em gestão do patrimônio cultural. Entre as prioridades do centro está a contribuição para a melhoria da gestão dos bens inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, conforme a Convenção de 1972, na região que engloba o Brasil e os países de língua portuguesa e espanhola da América do Sul, África e Ásia.

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