Azulejaria de Arte é tema de oficina do Iphan, em São Paulo (SP)

FRANS KRAJCBERG (in. 1921): Tocando a boiada. 1948 - Pintura sobre azulejo 15 x 15

A partir desta quinta-feira, dia 13 de abril, uma antiga técnica da produção de azulejos de arte será apresentada na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em São Paulo (Iphan-SP), durante o encontro A Arte da Azulejaria e Oficina de Pintura: da Península Ibérica ao Modernismo Brasileiro

A programação inclui um breve histórico sobre a azulejaria e as oficinas onde os participantes vão conhecer técnicas utilizadas, por exemplo, para o preparo das tintas e sobre o esmalte na arte da azulejaria. Entre os palestrantes, o destaque é a presença dos irmãos Antônio e Marcelo Sarasá, mestres artífices na produção familiar de azulejos de arte. O objetivo é demonstrar, por meio dessas matrizes originais, a técnica ancestral da pintura de azulejos.

Segundo o superintendente do Iphan-SP, Victor Hugo Mori, a ideia da oficina surgiu após a descoberta, há cerca de um mês, de uma pasta com as matrizes de azulejos de artistas importantes do modernismo brasileiro, como Frans Krajcberg, Alfredo Volpi e Walter Zanini. As peças, da década de 1940, foram produzidas pela mesma empresa que fabricou os azulejos dos painéis de Cândido Portinari, do Edifício Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, um marco da arquitetura moderna no Brasil, construído entre 1937 e 1943, para abrigar o Ministério da Educação. 

ZANINI WALTER - Pintura sobre azulejo

Os azulejos de arte
Para a execução dos painéis de Cândido Portinari foi necessária a fundação de uma empresa brasileira para a confecção dos azulejos de arte. Para tanto, o artista procurou um amigo seu, o empresário Paulo Rossi Osir que, então, criou a empresa Osirarte. Após o término dos trabalhos, a fábrica continuou a funcionar e, para se manter passou a contratar artistas locais para oferecer o produto ao mercado. A empresa foi responsável também pela execução do de Di Cavalcanti, do Teatro Cultura Artística, em São Paulo (SP), tombado pelo Iphan. 

Victor Mori conta que as matrizes dos azulejos encontrados na Superintendência do Iphan-SP  estavam em uma pasta, provavelmente do antigo superintendente, Luís Saia – também amigo de Paulo Rossi Osir. O técnico do arquivo local, enquanto fazia uma inspeção de rotina nos acervos mais antigos, achou o material, que já foi já digitalizado em alta resolução para garantir sua preservação.

ALFREDO VOLPI (1896-1988): Futebo. Década de 1940 - Pintura sobre azulejo 15 x 15

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