Prestes a celebrar seu aniversário de 58 anos, Brasília será homenageada esta semana com um livro e exposição que representam parte da história e da memória da capital do país. No dia 19 de abril, a partir das 16h, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com o Instituto Federal de Brasília (IFB) - Campus Samambaia, fará o lançamento do livro Oficina-Restauro do Mobiliário Moderno de Brasília, no Museu Vivo da Memória Candanga (Núcleo Bandeirante). A publicação, que registra e difunde a importância da preservação do mobiliário moderno, foi organizada pelos professores do curso de Movelaria do IFB em parceria com o Iphan-DF. Nas páginas, é possível ver detalhes do processo de trabalho da equipe e uma coletânea de projetos de restauro de móveis de instituições parceiras, entre elas os Palácios do Planalto e o Itamaraty. 

"Brasília possui um dos maiores e mais expressivos acervos do mobiliário moderno brasileiro. Como se sabe, a nova capital do país, inaugurada em 1960, foi concebida sob a égide do modernismo, movimento que buscava romper com o tradicionalismo cultural e renovar os valores estéticos do país, alinhando-os aos do mundo moderno de então", comenta o superintendente do Iphan-DF, Carlos Madson Reis, sobre a importância dos móveis. O livro foi organizado pelos professores do IFB, Frederico Hudson Ferreira e Fernanda Freitas Costa de Torres, em parceria com o Iphan-DF. Para ele, "a concretização deste sonho foi possível graças à parceria firmada entre o Iphan-DF e Secretaria de Estado de Cultura".

O trabalho de restauração do mobiliário moderno começou no ano passado e foi realizado por alunos da Oficina-Escola de Restauro de Mobiliário Moderno, sob a coordenação do Núcleo de Pesquisa e Conservação e Restauro de Mobiliário/IFB. Pesquisa e prática se complementaram nos cursos técnicos com o objetivo de capacitar profissionais para elaborar projetos e executar intervenções utilizando técnicas variadas de conservação e restauro. 

Exposição
Além do lançamento do livro, Brasília receberá, também, uma exposição de móveis e peças de autoria das décadas de 60 a 70, restauradas pelos alunos do IFB. Entre as peças estão poltrona, cama, penteadeira e criado-mudo – mobiliário que compõe um dos quartos do antigo Hotel Brasília Palace, o primeiro hotel de alvenaria da capital. Inaugurado em 1958, o imóvel foi destruído por incêndio 20 anos mais tarde. 

A exposição pode ser vista até o dia 4 de maio, com visitação de segunda a sábado, das 9h às 17h, na Casa Azul do Museu Vivo da Memória Candanga. A entrada é franca e a classificação é livre. 

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