200ª mostra da Sala do Artista Popular é celebrada com obra do poeta Jota Rodrigues

Ateliê de JR Rodrigues, em sua casa em Nova Iguaçu, 2015

No próximo dia 28 de novembro, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (CNFCP-Iphan) comemora a 200º mostra da Sala do Artista Popular (SAP) apresentando ao público trabalhos de Jota Rodrigues: o verso e a vida. O poeta pernambucano, que faleceu em 2018 aos 84 anos, é homenageado pelo Centro Nacional, pois o artista foi o primeiro a expor na SAP quando inaugurada em 1983.

– Cartaz da primeira exposição da Sala do Artista Popular, Jota Rodrigues: folhetos, romances/literatura de cordel, 1983Os visitantes poderão conferir folhetos de cordel de sua autoria, que estarão à venda, além de manuscritos, xilogravuras e ferramentas de trabalho. Também integrarão a mostra fotografias, gravações e os objetos que Jota Rodrigues reuniu ao longo de mais de oito décadas em suas atividades na música, na medicina popular e na poesia. 

A influência do pai violeiro e a de seu primeiro ofício – guiando um cego que memorizava versos e cantava de porta em porta, foram decisivas para a arte de Jota Rodrigues. “Aquilo foi me envenenando de uma tal maneira que o meu caminho era só aquele mesmo, não tinha outra coisa que me dominava”.
Depois de passar por vários lugares, fixou-se no Rio de Janeiro. Tentou se estabelecer na Feira de São Cristóvão, reduto de cordelistas, mas foi o encontro com especialistas em cultura popular que lhe abriu portas para outros universos, como escolas e universidades, onde passou a dar palestras. É um pouco do legado dessa vida em versos que será apresentado na exposição disponível até o dia 08 de dezembro. A inauguração também contará com o lançamento do livro Literatura de cordel: territórios culturais, da pesquisadora Sylvia Nemer.

Literatura de Cordel

Jota Rodrigues mostrando matriz de xilogravura e caixas de madeiras usadas no processo de confecção, 2015

Inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão em setembro de 2018 pelo Iphan, a Literatura de Cordel refere-se não apenas ao gênero literário, mas também a um veículo de comunicação, ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cordelistas. Inserido na cultura nacional em fins do século XIX, o cordel é elemento constituinte da diversidade cultural brasileira, com contribuições das culturas africana, indígena, europeia e árabe. Conjugando tradições da oralidade, da poesia e das narrativas em prosa, o bem cultural se constituiu como uma relevante forma de expressão da nossa sociedade. Seu desenvolvimento associado às narrativas orais, à cantoria, ao repente, à embolada, à glosa e à declamação ensejou a grande popularidade do gênero, devido à estruturação dos poemas que possibilita uma fácil memorização dos versos.

Sala do Artista Popular (SAP)
A SAP foi criada em 1983, com o intuito de ser um espaço de exposições de curta duração, voltado para difundir e comercializar as obras de artistas e comunidades artesanais.  O catálogo de cada exposição é desenvolvido a partir de pesquisa etnográfica e documentação fotográfica realizada pela equipe do CNFCP.Em decorrência da divulgação e do contato direto com o público, abrem-se oportunidades de expansão de mercado e da produção para esses artistas e comunidades.

Serviço:
Exposição Jota Rodrigues: o verso e a vida
Inauguração:
28 de novembro, às 17h
Período:Até 8 de dezembro de 2019

Dias e horários:
Terça-feira a sexta-feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15 às 18h
Local: Sala do Artista Popular / CNFCP

Realização:
Associação Cultural de Amigos do Museu do Folclore Edison Carneiro (Acamufec)
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto de Patrimônio e Histórico e Artístico Nacional (CNFCP/Iphan)

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan

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200 mostra SAP, CNFCP. Jota Rodrigues

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    – Cartaz da primeira exposição da Sala do Artista Popular, Jota Rodrigues: folhetos, romances/literatura de cordel, 1983
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    apresentação musical de Jota Rodrigues na inauguração da primeira exposição da Sala do Artista Popular, 1983
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    Jota Rodrigues manuseando prelo manual utilizado para imprimir folhetos de cordel, 1983
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    Ateliê de JR Rodrigues, em sua casa em Nova Iguaçu, 2015
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    Jota Rodrigues mostrando matriz de xilogravura e caixas de madeiras usadas no processo de confecção, 2015
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    Jota Rodrigues no ateliê em sua casa, em Nova Iguaçu, RJ
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    Folhetos de cordel de Jota Rodrigues, no ateliê em sua casa, 2015
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    Homenagem ao saudoso Orlando Silva, folheto de cordel de Jota Rodrigues, acervo do MFEC, 2015
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    O drama dos favelados, folheto de cordel de Jota Rodrigues, acervo do MFEC, 2015
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