Com multimídia e realidade aumentada, exposição 7 Povos ficará permanentemente nas Missões

Vista aérea do Sítio São Miguel Arcanjo

Após o período de quarentena, parte da exposição 7 Povos: Retratos de um Território ficará disponível permanentemente na sacristia da Igreja São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões (RS). A mostra, que narra a trajetória da ocupação no território missioneiro, foi idealizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ela faz parte de uma cooperação internacional em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. 

Por meio de recursos multimídia e da realidade aumentada, a exibição enriquecerá o percurso do visitante no sítio histórico. Além de textos, fotografias e vídeos sobre a região missioneira, o público contará com um aplicativo digital desenvolvido pelo Iphan especialmente com esse objetivo. O app contém jogos educativos, trilha sonora e recurso para a visualização de fotos em realidade aumentada, permitindo a interação com o conteúdo. A aplicação já está disponível para download gratuito na Google Play e na App Store. 

"A tecnologia é aliada da preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. No caso das Missões Jesuíticas-Guaranis - que também são Patrimônio Mundial - ela ajuda o visitante a compreender a magnitude e a importância histórica do lugar onde ele se encontra", explica o diretor do Departamento de Cooperação e Fomento (Decof/Iphan), Marcelo Brito.

Além da tecnologia, a exposição 7 Povos: Retratos de um Território valoriza a sustentabilidade e a cadeia de produção local. Toda a madeira usada na cenografia é certificada e extraída da região.

7 Povos: Retratos de um Território

A mostra 7 Povos: Retratos de um Território é a sintetização de décadas de trabalho em prol da valorização do Patrimônio Cultural missioneiro. Os esforços datam de 1937, quando o arquiteto Lucio Costa foi enviado ao Rio Grande do Sul para analisar os remanescentes dos Sete Povos das Missões. 

São Miguel das Missões e os remanescentes do Povo de São João figuram dentre os primeiros bens tombados pelo Iphan, no ano de 1938. No sítio arqueológico de São Miguel, Lucio Costa projetou o Museu das Missões, que abriga o maior acervo público de imagens sacras do barroco jesuíta da América Latina.

Em 1983, as Ruínas de São Miguel das Missões foram declaradas Patrimônio Mundial. No conjunto de remanescentes reconhecidos pela Unesco, estão cinco povoados construídos pela Companhia de Jesus nas Américas para evangelização dos indígenas, durante os séculos XVII e XVIII: São Miguel das Missões, no Brasil, e, em território argentino, San Ignacio Mini, Santa Ana, Nuestra Señora de Loreto e Santa María la Mayor.  Os demais remanescentes (São Lourenço Martir, São Nicolau e São João Batista) são declarados Patrimônio Cultural brasileiro. Todos eles integram um conjunto de bens reconhecidos como Patrimônio Cultural do MERCOSUL.

A Tava, Lugar de Referência para o Povo Guarani, foi declarada Patrimônio Cultural Brasileiro em 2014. Recentemente, em janeiro de 2019, foi reconhecida como Patrimônio Cultural do MERCOSUL. A Tava é considerada lugar de importância e referência cultural, pois converge significados e sentidos atribuídos pelo povo indígena Guarani-Mbyá ao sítio histórico que abriga os remanescentes da antiga redução Jesuítica-Guarani de São Miguel Arcanjo.

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