Congonhas (MG)
Congonhas possui um dos mais importantes acervos arquitetônicos e artísticos representativos da evolução da arte civil e religiosa mineira. Além de ser um testemunho das construções e dos programas decorativos do barroco mineiro, registra as manifestações do ecletismo dos séculos XIX e XX. Todavia, seu legado maior é o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, tombado pelo Iphan, em 1939, que reúne o maior conjunto de arte colonial do Brasil. O conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade foi tombado pelo Instituto, em 1941, e o Santuário passou por restaurações em 1946, 1949 e 1957. Em 1974, as obras incluíram a implantação do ajardinamento de Burle Marx) e, entre 1985 e 1988, os Profetas também foram restaurados.
O Santuário - elevado pela Unesco a Patrimônio Mundial, em 1985 - é considerado a obra-prima de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e foi realizado em várias etapas, a partir de 1757. Este magnífico conjunto arquitetônico e escultórico, onde estão as imagens dos 12 Profetas, transformou a cidade em centro de peregrinação religiosa, desde o século XVIII. A partir de então, o Santuário atrai multidões e reuniu uma fabulosa coleção de ex-votos, abrigados na Sala dos Milagres.
Ao lado do patrimônio de arte religiosa, Congonhas conserva alguns bons exemplares da arquitetura civil. No acervo, a área mais expressiva concentra-se no chamado núcleo histórico que se desenvolveu no entorno ou ambiência do Santuário, formado por vias do início da povoação. Nessas ruas, encontram-se casas compostas, na sua grande maioria, de um só pavimento ou um pavimento e porão, e cobertura em telha canal, datadas dos séculos XIX e XX, com algumas edificações remanescentes do século XVIII.
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