Ação nas redes sociais destaca bens culturais de Matrizes Africanas
Em 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data traz reflexões acerca da igualdade entre raças e a importância da liberdade e diversidade cultural. Para destacar a influência dos bens culturais de origem africana na formação da identidade cultural do povo brasileiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e nacional (Iphan), promove, de 18 a 22 de novembro, ações em suas redes sociais que reverenciam as tradições afro-brasileiras. Em cada dia da semana, será elencado um bem cultural que representa as diferentes modalidades de proteção, sendo eles: Patrimônio Material, Patrimônio Imaterial, Patrimônio do Mercosul, Patrimônio Mundial e Patrimônio da Humanidade.
Tombamento do Primeiro Terreiro protegido pelo Iphan completa 35 anos
Neste ano, o Iphan comemora os 35 anos do tombamento do Terreiro Casa Branca do Engenho Velho, localizado em Salvador (BA). O templo foi o primeiro terreiro a ser reconhecido, em 1984, como Patrimônio Cultural Brasileiro, inscrito nos livros do Tombo Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Tal proteção faz parte dos esforços do instituto em resgatar e legitimar as manifestações culturais brasileiras de matrizes africanas.
Em Salvador, Iphan realiza I Seminário das Baianas de Acarajé
Prática tradicional perpetuada por séculos entre gerações na Bahia, o Ofício das Baianas de Acarajé será tema do I Seminário Estadual das Baianas de Acarajé organizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Associação das Baianas do Acarajé (Abam). O evento, que acontece entre os dias 21 e 23 de novembro, em Salvador, reunirá detentores e interessados na preservação e na valorização da manifestação cultural.
Símbolo da resistência do povo negro no Brasil é Patrimônio Cultural do Mercosul
Reconhecida como testemunho da resistência e dos processos de ressignificação das referências culturais dos afrodescendentes no Brasil e na América do Sul, a Serra da Barriga - Patrimônio Cultural Brasileiro, desde 1986 - recebeu o título de Patrimônio Cultural do Mercosul em maio de 2017. No século XVIII, estabeleceu-se na Serra da Barriga, no Quilombo dos Macacos, a sede do Quilombo dos Palmares, que representa um marco na luta dos escravos no Brasil. Tal processo diz respeito aos ancestrais africanos que se manifestam nas formas imateriais de suas religiões, seus deuses, mitos, objetos sagrados de cultos, artefatos de uso cotidiano, alimentos, expressões culturais e alguns espaços geográficos mantidos por seus descendentes como locais sagrados ou de preservação da história das pessoas negras trazidas da África.
Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas é Patrimônio Mundial
Lugar de memória de uma história que a humanidade não pode esquecer, o Cais do Valongo, principal porto de entrada de escravos no Brasil e nas Américas, foi reconhecido como Patrimônio Mundial em 2017. Desde que o Cais do Valongo foi revelado em 2011, durante escavações nas obras da zona portuária do Rio de Janeiro, o sítio arqueológico trouxe grandes descobertas. Os únicos vestígios materiais da chegada dos africanos no país estavam aterrados na região portuária, e foram expostos ao mundo. Estima-se que, por ali, passaram cerca de um milhão de africanos escravizados, somente no século XIX.
A Roda de Capoeira celebra cinco anos como Patrimônio da Humanidade
Um dos símbolos brasileiros mais reconhecidos internacionalmente, a Roda de Capoeira, completa cinco anos como de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Neste contexto, o Iphan promove, em vários estados, ações de salvaguarda da Capoeira que definem as diretrizes, ações e metas a curto, médio e longo prazo visando à sustentabilidade dos bens culturais registrados. A Roda de Capoeira, que é Patrimônio Cultural Brasileiro desde 2008, é um elemento estruturante de uma manifestação cultural, espaço e tempo, onde se expressam simultaneamente o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os símbolos e rituais de herança africana - notadamente banto - recriados no Brasil.
Matrizes Africanas
Entre as inúmeras ações que legitimam as danças, os cantos, as poesias, os mitos e rituais que preservam as tradições africanas, o Iphan tem, atualmente, sob sua proteção 11 terreiros de candomblé e dois quilombos, o que contribui para o fortalecimento e resgate das manifestações culturais do povo negro no Brasil.
Além disso, outros bens de matrizes africanas também estão sob proteção do Iphan, como os que estão inscritos no Livro de Registro dos Saberes; no Livro de Registro de Celebrações, no Livro de Registros das Formas de Expressão, e no Livro de Registro dos Lugares. Entre eles estão:
Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Ofício das Baianas de Acarajé
Jongo no Sudeste
Tambor de Crioula do Maranhão
Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba-enredo
Roda de Capoeira
Ofício dos Mestres de Capoeira
Bembé do Mercado
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